A herança de Marco Paulo é um dos temas que mais tem dado que falar na imprensa nacional. Isto porque o testamento do cantor não contempla qualquer familiar. Os três beneficiários da herança são Marco António (afilhado), António Coelho (compadre) e Eduardo Ferreira, bombeiro que o artista conheceu em 2021.

Entretanto, o irmão mais velho de Marco Paulo, Ernesto Simão, quebrou o silêncio e falou sobre a forma como reagiu à notícia.

“A minha primeira reação foi: ‘Já? Ainda agora ele morreu… Estão a falar a sério? Não acredito. Se assim é, foi um ingrato, esteve muito mal. A família toda esteve com ele até ao último minuto da vida dele, só não fez por ele o que não pôde. Nunca esperei. Nunca ninguém da família lhe fez mal ou tratou mal, antes pelo contrário”, começou por referir, em declarações à revista Nova Gente.

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À publicação, Ernesto acrescentou ainda: “Ainda voltei a perguntar ao meu filho: ‘Não deixou mesmo nada para a família? Nem uma cadeira? Nem temos direito às memórias de família, dos meus pais e até dos meus avós, fotos de parede dos meus pais, objetos de família sem qualquer valor monetário, inclusive a pedra mármore da campa da minha mãe que estava no cemitério e que está lá na quinta?’”

Que mal lhe fizemos para ter essa atitude? O que é que toda a família lhe fez? Somos todos maus? Bom, a verdade é que ele nunca ajudou ninguém da família em rigorosamente nada, e nós também nunca lhe pedimos nada. Mas demos-lhe muito. Mas eu questiono para que querem, o Toni e o Marquinho e esse bombeiro, as fotos que são da nossa família? Para meterem no lixo?”, questionou ainda, indignado.

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Ernesto afirmou ainda que o irmão pode ter sido persuadido. "Ele sempre foi muito fácil de ser influenciado, nunca penso muito por ele. Acreditava e seguia tudo o que os mais próximos lhe fossem meter na cabeça”, referiu.

Por fim, o irmão de Marco Paulo lembrou a última vez que ambos estiveram juntos. “Da última vez que estivemos juntos, lá na quinta, no final de agosto, disse-lhe: ‘Está a chegar a nossa hora, estão a ir todos, temos de ir também’. E ele respondeu-me: ‘Ernesto, não digas isso’. Enfim, ainda sobre o testamento, se essa foi a vontade dele, assim seja, mas nada o justifica. É muito injusto”, completou.