Nuno Guerreiro morreu no dia 17 de abril, vítima de uma infeção generalizada. O velório aconteceu na passada terça-feira, 22 de abril, na Igreja de S. Francisco, em Loulé. No dia seguinte, pelas 10h30, foi celebrada uma missa de corpo presente tendo seguido para o Crematório de Faro.

A morte prematura do cantor, de 52 anos, deixou todos em choque. Falámos, em exclusivo, com a médica e amiga que o assistiu, na quarta-feira, em Lisboa, Clara Capucho e que o enviou de imediato para o Hospital São Francisco Xavier, onde acabaria por morrer no dia seguinte. “O que eu posso dizer é que ele não estava bem. Infelizmente a infeção foi grave e levou-o à morte. Foi feito tudo o que era possível, mas não se conseguiu…”, lamenta a profissional de saúde. “Toda a gente fez tudo por ele. Todos temos essa consciência tranquila. É lamentável, para além de médica, sou uma grande amiga, tenho uma grande dor. Nem me sinto com vontade de falar mais nisto”, afirma sem revelar com quem estava acompanhado. “Claro que não veio sozinho, da maneira que ele vinha, não podia.”

“Morreu com uma septicemia”

Manuel Moura dos Santos, agente de Nuno Guerreiro, conta como foram os último dias. “Ele começou com os primeiros sintomas na sexta-feira (dia 11), foi ao Centro de Saúde de Loulé. Tinha dores, um mal-estar geral”, começa por explicar, em exclusivo. “Foi à médica Clara Capucho na quarta e ela encaminhou-o para o hospital”, recorda. Nuno Guerreiro foi submetido a autópsia. “Morreu com uma septicemia. O resto é pura especulação”, garante. Uma questão que foi levantada era se Nuno Guerreiro teria HIV, mas Manuel Moura dos Santos garante que “isso são coisas disparatadas”. “Eu falo com a família, foram-lhe feito todo o tipo de análises e não lhe detetaram nada disso.”

Manuel Moura dos Santos sublinha que esta morte “é uma grande perda”. “Não me lembro, em 32 anos que trabalho com ele, de alguma vez estar doente. Tinha umas constipações, ele preocupava-se muito com a voz.”

Nuno Guerreiro vivia com a mãe, de 81 anos. “Está arrasada. Ela vivia para ele e acompanhava-o para todo o lado”, conta-nos uma fonte próxima da família que revela-nos, que no dia em que foi visto no Centro de Saúde lhe terá sido dito que “teria uma virose e mandaram-no para casa”. “No dia a seguir, cada vez pior, foi ao hospital onde deram-lhe uma injeção. Foi tentando aguentar, porque tinha consulta com a Clara Capucho. Quando chegou ao hospital, mandado por ela, foi direto para os cuidados intensivos, com febres altíssimas e sangue na urina.”

Texto: Ana Lúcia Sousa (ana.lucia.sousa@worldimpalanet.com) e Tânia Pereira Dias (tania.dias@impala.pt) Fotos: Arquivo Impala