No podcast ‘Posto Emissor’, Toy recordou a sua relação com Marco Paulo. O cantor foi importante no início da carreira do setubalense, por ter gravado três músicas que facilitaram a sua entrada no mercado.

“O José Alberto Reis e o Marco Paulo tinham gravado canções minhas cá, tinha-me dado um mini-rendimento na Sociedade Portuguesa de Autores e já percebia que podia ganhar dinheiro com aquilo, que tinha alguns conhecimentos. Estas canções levaram-me a ter certeza absoluta de que o que eu fazia tinha qualidade. Quando um cantor na época bastante conhecido grava coisas minhas, é porque tinham qualidade para ser gravadas”, começou por recordar.

Leia Mais: Produtor faz revelação bombástica: “Tinha boa voz, só não tinha boa cabeça”

“Ultimamente, éramos amigos, mas no princípio não era muito fácil. Conheci o Marco pessoalmente na Suíça: eu vivia na Alemanha, ele foi cantar à Suíça e eu fui contratado para fazer a primeira parte. Quando cheguei lá quis conhecê-lo porque ele já tinha gravado três canções minhas, porque queria saber se ele as ia cantar e se ia fazer referência a isso, ou não. Por exemplo, hoje, se tiver um compositor que fez canções para mim e ele for cantar na primeira parte do meu espetáculo, sou eu que vou à procura dele, mas cada um é como é”,lembrou.

“Na altura procurei-o e consegui ir ao camarim. Ele disse-me: ‘Você é que é o António Ferrão, e fez as duas músicas? Bonitas e tal’, mas não me passou muito cartão. Quando vim para Portugal acho que ele, mal aconselhado, ficou com algum receito que lhe fosse tirar o lugar. Alguém lhe foi dizer: ‘o Toy agora vai tirar-te o lugar, agora vais-te embora’, porque eu fui para a Valentim de Carvalho passado não muito tempo”, continuou ainda.

Leia Mais: Da presença de Toy ao look dos noivos: As imagens do casamento!

“Ele ficou assustado e não achava muita piada, até que um dia nos encontramos num programa de televisão e eu fui falar com ele. Perguntei-lhe: ‘Mas o que é que se passa? Vamos lá pôr as coisas em pratos limpos’. A partir daí, ficámos amigos. Expliquei-lhe uma série de situações, ficou uma canção por lhe fazer, e fiquei com imensa pena, porque acho que o Marco foi uma pessoa muito sofrida, esclareceu ainda.

“Ao contrário do que as pessoas possam pensar que o sucesso foi muito bonito, não, ele era uma pessoa muito sofrida, muito influenciável, e a grande maioria das vezes eram influências más que lhe deram algum sofrimento na vida”, revelou.

Texto: André Sousa / Fotos: Impala