Tony Carreira foi o mais recente entrevistado do podcast Posto Emissor. Numa conversa descontraída, o artista abordou vários aspetos da sua vida profissional e pessoal e falou sobre a perda da filha, Sara, que morreu na sequência de um acidente de viação, em 2020.

Sobre a forma como lida com a ausência da filha, o cantor explicou que recorre a diversas ferramentas. “Consultei uma psicóloga uma vez, durante uma hora. E nessa hora, essa psicóloga disse-me uma coisa que eu coloquei em prática (…) Falou-me exatamente em ferramentas e foi uma grande ajuda porque a dor nunca passa, aprendemos a viver ou a sobreviver com ela”, começou por referir.

“Eu falo da minha filha todos os dias, gosto de falar dela, gosto de contar as piadas que ela me contava (…) Outra ferramenta, é a associação da minha filha, que me ajuda muito”, destacou em seguida, fazendo também referência ao apoio e carinho do público.

Tony Carreira destacou também o papel dos seus três netos. "Os meus netos ajudam-me muito porque revejo ali um bocadinho a Sara. Os cães da minha filha, que a Fernanda não se importou que eu ficasse com eles, são uma ajuda enorme. Para mim, são uma extensão da Sara”, notou ainda.

Tony Carreira: "Que a Sara seja recordada por aquilo que era"


Com a perda da filha, Tony Carreira assumiu ainda que passou a “acreditar em coisas que não acreditava antes”. "No fim da minha vida, irei chegar a uma conclusão, se estava certo ou errado em acreditar. Mas não interessa, até lá é uma ajuda”, referiu.

“Não há dia nenhum em que eu não me lembre dela, mas tinha duas alternativas. Ou tentava continuar ou me deixava ir abaixo. Se eu caísse, tinha a noção que uma parte da minha família cairia também”, destacou, reforçando que esta é uma dor que nunca passará.

“Não há dia nenhum em que eu não olhe para a fotografia dela e não diga: ‘Hoje teria 25 anos. Se calhar já tinha filhos’”, completou.

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