
O evento, organizado pelo Centro Dramático de Évora (Cendrev), em parceria com a câmara municipal, inclui 30 espetáculos, que vão ser apresentados em 90 sessões, uma exposição e um seminário.
Em conferência de imprensa realizada hoje, no Teatro Garcia de Resende, o Cendrev revelou que as 28 companhias presentes nesta 17.ª edição, com um total de 84 artistas, são oriundas de Portugal e do Brasil, Chéquia, Chile, Dinamarca, Espanha, Inglaterra, Itália e Turquia.
"Évora é uma cidade que tem características e condições absolutamente extraordinárias para acolher um festival desta natureza", destacou hoje o diretor do Cendrev, José Russo, frisando que o certame inclui espetáculos no teatro, mas também nas ruas, praças e jardins.
De acordo com o programa, estão destinados 15 espaços para as marionetas que vão 'viver' durante a bienal deste ano, como o centenário Teatro Garcia de Resende, o Jardim das Canas, a Praça do Giraldo, as praças do Sertório e 1.º de Maio e os jardins Público, Diana, dos Álamos e do Bacelo.
Os largos Luís de Camões e da Misericórdia, a Biblioteca Pública de Évora, o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, o Lago da Malagueira e o Parque Infantil da Urbanização do Moinho são os restantes pontos integrados no roteiro.
Segundo José Russo, a iniciativa vai oferecer ao público "várias coisas diferentes", ou seja, "espetáculos mais tradicionais, outros mais contemporâneos".
E também títeres manipulados através de diversas técnicas, com destaque para os 'anfitriões' da festa, os Bonecos de Santo Aleixo, do próprio Cendrev, e outros de varão, de sombras, teatro de robertos, entre outros.
Destacando que a BIME se consolidou, ao longo dos anos como "um momento marcante da vida cultural da cidade", o diretor do Cendrev aludiu à "enorme capacidade de atração de público" que esta iniciativa tem.
"Não só da cidade, mas desde logo da cidade, mas também públicos que vêm de fora, até de Espanha. Há muita gente que vem assistir à bienal", congratulou-se.
O responsável revelou ainda que o orçamento para a edição deste ano rondou os 170 mil euros, metade suportado pela Câmara de Évora e a outra metade pelo Ministério da Cultura.
"Há também outros pequenos apoios e ainda temos a bilheteira de alguns dos espetáculos, mas só conseguimos organizar a bienal porque temos este financiamento garantido, senão era impossível", frisou.
Também Ana Meira, do Cendrev, convidou todos a visitarem Évora durante a BIME e a partilharem esta "festa da cidade, dos artistas e dos bonecos, que é quase um sonho".
"Os espetáculos são sempre diferentes, há espetáculos com marionetas gigantes, temos marionetas tradicionais. É a magia" para miúdos e graúdos, argumentou.
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