
A decisão foi conhecida hoje, em Paris, depois de o comité ter decidido adiar a análise da candidatura do arquiteto português, o que significa que não será incluída na lista do património mundial deste ano.
À EFE, fontes da UNESCO explicaram que o comité adiou a análise porque precisa de tempo para que seja feita uma "revisão mais aprofundada" da proposta de Portugal.
"São necessários mais estudos e mais trabalho de campo, o que poderá até levar Portugal a apresentar uma nova candidatura", explicaram as mesmas fontes à agência espanhola.
Na documentação preparatória da reunião que teve como objetivo analisar a candidatura portuguesa, surgia já a recomendação de revisão para decisão posterior, tal como acabou por acontecer hoje.
A candidatura intitulada 'Obras de Arquitetura de Álvaro Siza em Portugal' faz parte da lista indicativa do Património Mundial de Portugal desde 2016, com uma lista de 18 projetos, tendo sido entretanto diminuída para oito.
Os oito projetos são o edifício da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, a Piscina das Marés, a Casa de Chá da Boa Nova, o Museu de Serralves, o Pavilhão de Portugal em Lisboa, o Bairro da Bouça, a Igreja do Marco de Canavezes e a Casa Alves Costa em Caminha.
O Comité do Património Mundial da UNESCO está reunido em Paris desde o dia 06 de julho, com encontros marcados até dia 16 de julho, para analisar e votar sobre os próximos passos a dar em relação a candidaturas que vão dos Camarões à Austrália.
A Convenção do Património Mundial, Cultural e Natural foi adotada pela UNESCO em 1972 e tem por objetivo "proteger os bens patrimoniais dotados de um valor universal excecional", como se lê na página da Comissão Nacional da UNESCO.
[Notícia atualizada às 19h53]