Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,51%, o tecnológico Nasdaq recuou 0,18% e o alargado S&P500 encolheu 0,27%.

Pela primeira vez desde há quatro sessões, a praça nova-iorquina não registou qualquer recorde dos seus índices mais emblemáticos.

Este movimento de contração "começou a sério depois da divulgação das atas da Fed", as minutas da última reunião de política monetária do banco central dos EUA [Reserva Federal (Fed)], realçou Patrick O'Hare, da Briefing.com.

Durante esta reunião do Comité de Mercado Aberto [FOMC, na sigla em Inglês], realizada em 30 de abril e 01 de maio, os participantes consideraram necessária a manutenção do nível atual da taxa de juro de referência durante mais tempo do que previsto, devido à persistência da inflação.

Mas os preços, pouco depois do encontro, acalmaram, como evidenciou o índice de preços no consumidor (IPC), relativo a abril, o eu aliviou os receios.

O documento hoje conhecido "não diz nada que não se soubesse já", sintetizou Patrick O'Hare, que destacou a menção a preços "elevados" dos ativos, o que inclui as ações. "Isto pode ter servido de esculpa para os vendedores".

Os investidores também se posicionaram na expectativa dos resultados trimestrais da Nvidia, que seriam anunciados depois do fecho da sessão.

"Os operadores espiam um acontecimento que pode fazer descer ou subir o mercado todo inteiro, de forma brutal", estimou Patrick O'Hare, a propósito dos números da Nvidia.

Entretanto, disse, "aproveitaram para fazer alguns ganhos depois de uma longa subida".

Desconhecida do grande público ainda há cerca de dois anos, a Nvidia foi catapultada para a boca de cena pela emergência a inteligência artificial (IA) dita generativa, grande consumidora de semicondutores, as famosas cartas gráficas, a tal ponto que se tornou símbolo do movimento.

Este movimento de realização de ganhos levou a que a Nvidia fechasse em baixa (-0,46%), à semelhança de Apple (-0,75%) e Alphabet (-0,86%).

Pelo contrário, a Microsoft progrediu 0,34% e prosseguiu a sua marcha, o que reforça o seu estatuto de primeira capitalização mundial.

Para tal, continua a beneficiar do entusiasmo suscitado pelos anúncios recentes de produtos utilizadores de IA generativa, como os novos computadores para o grande público.

Outras 'vítimas' do movimento de venda foram as instituições financeiras, como Goldman Sachs (-1,71%), JPMorgan Chase (-0,61%) ou American Express (-1,23%)

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