
O gigante automóvel Stellantis anunciou esta terça-feira um prejuízo de 2,3 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que contrasta com um lucro de 5,6 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2024.
Em comunicado, o grupo automóvel liderado por Antonio Filosa (que sucedeu ao português Carlos Tavares), nota que este declínio “foi impulsionado principalmente pelas regiões da América do Norte e Europa alargada, parcialmente compensado pelo crescimento na América do Sul”, mas também se ficou a dever aos “impactos das taxas de câmbio desfavoráveis, tarifas e quedas nos volumes da indústria europeia de veículos comerciais ligeiros”
O grupo (que gere 15 marcas automóveis) registou uma quebra homóloga de 13% nas receitas líquidas, que se cifraram em 74,3 mil milhões de euros, contra 85 mil milhões contabilizados no mesmo período de 2024.
A Stellantis refere ainda no comunicado desta terça-feira que “atualiza a sua estimativa do impacto líquido das tarifas em 2025 para aproximadamente 1,5 mil milhões de euros, dos quais 0,3 mil milhões de euros foram registados no primeiro semestre de 2025”.
O presidente executivo do grupo, Antonio Filosa, reconhece que 2025 “está a revelar-se um ano difícil”, mas que também tem apresentado “melhorias graduais”. E nota ainda que “os sinais de progresso são evidentes quando comparamos o primeiro semestre de 2025 com o segundo semestre de 2024, na forma de melhores volumes, receitas líquidas, apesar do agravamento dos fatores externos adversos”.