
O Santander Portugal emprestou mais de 250 milhões de euros em créditos à habitação com garantia pública, segundo a informação divulgada nesta quarta-feira pelo banco nas contas do primeiro trimestre. De acordo com o banco, até final de março, foram feitos mais de 1300 contratos com jovens para crédito à habitação com garantia pública.
A garantia pública para o crédito à habitação a jovens até 35 anos (inclusive) aplica-se a contratos assinados até final de 2026 e permite ao Estado garantir, enquanto fiador, até 15% do valor da transação. O Governo definiu o montante máximo da garantia pública em 1,2 mil milhões de euros, sendo distribuída uma quota a cada banco (a quota do Santander é de 259 milhões de euros), mas abriu a possibilidade de esse valor ser reforçado se os bancos o esgotarem e se pedirem esse reforço.
Na prática, e conjugando esta garantia com as regras para a concessão de crédito à habitação, a medida permite que os jovens consigam obter 100% do valor da avaliação da casa, em vez dos 90% de limite que vigoram para a generalidade dos clientes. Pode beneficiar desta garantia no crédito à habitação quem tenha entre 18 e 35 anos de idade (inclusive) e que esteja a comprar a primeira de habitação própria permanente cujo valor não exceda 450 mil euros. Os beneficiários não podem ser proprietários de prédio urbano ou fração de prédio urbano e não podem ter rendimentos superiores aos do oitavo escalão do IRS (cerca de 81 mil euros de rendimento coletável anual).
O Santander divulgou que teve lucros de 268,8 milhões de euros no primeiro trimestre, menos 8,7% face aos primeiros três meses de 2024. O CEO, Pedro Castro e Almeida, destacou, em comunicado, que o banco alcançou uma quota de mercado de 20% no crédito à habitação no primeiro trimestre.
O banco não fez conferência de imprensa de apresentação de resultados.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50