
O Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, defendeu esta Segunda-feira, 02, em Coimbra, que o país pode e deve ser um laboratório global de soluções tecnológicas e sustentáveis para o futuro, enfatizando a aposta na educação e conhecimento.
“Cabo Verde pode e deve tornar-se num laboratório de soluções para o futuro”, afirmou José Maria Neves, que proferia uma conferência, intitulada “Cabo Verde 2075, Nova Terra”, no âmbito das “Conversas da Casa da Lusofonia”, promovidas pela Universidade de Coimbra.
Para José Maria Neves, a competitividade de Cabo Verde não se medirá pela escala, quantidade ou força bruta, mas “pela sofisticação”, valor agregado e criatividade.
“Devemos, com ousadia e sabedoria, transformar Cabo Verde numa ‘sandbox’ [ambiente isolado associado à computação, onde se testam programas e código] global de experiências tecnológicas e sustentáveis”, defendeu, apontando para o Parque Tecnológico de Cabo Verde como exemplo desse mesmo espírito.
Na óptica do Presidente da República cabo-verdiano, esse parque tecnológico “posiciona o país como elo inteligente entre continentes”.
Durante a conferência, José Maria Neves reiterou também a necessidade de aposta no mar, que não deve ser visto como uma fronteira, mas como “um horizonte aberto”.
“A economia azul deverá afirmar-se como uma das principais âncoras do desenvolvimento futuro das ilhas. Queremos e podemos ser uma potência marítima, não pela dimensão territorial, mas pela excelência das ideias e das soluções que produzimos”, disse, apontando para a necessidade de Cabo Verde se posicionar como referência na economia azul.
Segundo José Maria Neves, citado pela Lusa, caso o país coloque “o conhecimento, a juventude, a cultura e a criatividade no cerne” do seu projecto nacional, “não haverá limites” para aquilo que poderá alcança.