O resultado representa uma recuperação "de 87,2% do volume económico do mesmo período de 2019" - antes da pandemia da covid-19 - devido "ao crescimento contínuo das exportações de serviços e à estabilização do consumo privado e da formação bruta de capital fixo", indicou a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em comunicado.

As exportações de serviços aumentaram 30,3% em termos anuais, "graças ao aumento da procura externa", com um crescimento das exportações de serviços de jogo (+62,7%) e das exportações de outros serviços turísticos (+14,8%), adiantou a DSEC, notando que, por outro lado, as importações de serviços registaram uma queda de 3,5%.

A procura interna - incluindo a despesa de consumo privado, a despesa de consumo final do Governo e os investimentos - registou uma subida de 3,4%.

A despesa de consumo privado, especifica-se no comunicado, teve uma subida de 10,9% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Já a despesa de consumo final do Governo desceu 20,7%, "salientando-se o decréscimo de 40,5% nas compras líquidas de bens e serviços".

O "ambiente económico positivo" contribuiu também para o aumento dos investimentos, "tendo a formação bruta de capital fixo registado um acréscimo anual de 13%", com "crescimentos positivos nos últimos quatro trimestres". O departamento estatístico realça aumentos anuais de 4,3% no investimento em construção e de 48% no investimento em equipamento.

No setor privado, o investimento em equipamento cresceu 28,5% e o investimento em construção subiu 10,4%, em termos anuais.

Quanto ao setor público, refere-se na nota, o investimento em equipamento subiu 239,6%, face ao mesmo período de 2023, principalmente "devido ao crescimento notável do investimento em equipamento público", impulsionado pela "continuada realização de obras de grande envergadura, nomeadamente infraestruturas". Em sentido contrário, o investimento em construção pública caiu 1,8%.

No que diz respeito ao comércio externo de mercadorias, observaram-se quedas homólogas de 13,6% nas exportações de bens e de 1,4% nas importações de bens.

Entre janeiro e março, o número de visitantes subiu 79,4%, em termos anuais, para 8,9 milhões de pessoas.

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