
De acordo com o documento, a que a Lusa hoje teve acesso, nos últimos anos a Metro do Porto tem registado uma trajetória de melhoria das suas contas, já que em 2019 registou prejuízos de 91,1 milhões de euros, em 2020 de 90,7 milhões, em 2021 de 64,7 mihões, em 2022 de 46,1 milhões e em 2023 de 45,4 milhões.
Num comunicado enviado às redações, a transportadora refere ainda que os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) foram de 61,9 milhões de euros em 2024, mais 17% que em 2023.
No ano passado a empresa liderada por Tiago Braga realizou também "um investimento superior a 202 milhões de euros", consubstanciado na conclusão da extensão da Linha Amarela a Vila d'Este (17,3% do investimento na expansão), na continuidade da empreitada da Linha Rosa (43,9%), na consignação e arranque da empreitada de construção da Linha Rubi (25,9%) e na conclusão da empreitada do metrobus/BRT na ligação Boavista -- Império.
"Os benefícios ambientais e sociais da operação da Metro do Porto atingiram em 2024 os 274,5 milhões de euros", calcula a empresa.
Para este ano prevê-se a "prossecução das várias empreitadas de expansão em curso", a "consignação e arranque da empreitada da fase II do metrobus/BRT, ligação Boavista -- Anémona", ou a "preparação e lançamento do Concurso Público Internacional para a seleção do próximo subconcessionário para a Operação e Manutenção do Sistema".
No Plano de Atividades e Orçamento para 2025 está ainda prevista a "aquisição de 22 novos veículos (com mais 10 de opção) para a frota do Metro do Porto, destinados, especificamente, à Linha Rubi", a "continuidade dos estudos prévios e estudos de impacto ambiental relativos à expansão da rede nas linhas Estádio do Dragão -- Gondomar II e ISMAI -- Trofa" e o "desenvolvimento dos estudos técnicos relativos à expansão da rede nas linhas de S. Mamede e Maia II".
Em fevereiro, já tinha sido conhecido que a Metro do Porto teve em 2024 o melhor ano de sempre em termos de validações, com 89,78 milhões, mais 10,64 milhões (13,3%) que os 79,14 milhões de 2023.
De acordo com dados da Metro do Porto, no ano passado registaram-se "89,78 milhões de validações (+13,3% do que os 79,14 milhões em 2023)" e realizaram-se "9,18 milhões de quilómetros (+9,8% do que em 2023)".
"Em 2024, os clientes de assinatura representaram 33,7% do total de clientes e foram responsáveis por 76,5% do total de validações (68,71 milhões contra 21,06 milhões de validações de títulos ocasionais)", de acordo com a Metro do Porto.
Em 2023, a Metro do Porto já tinha batido o recorde anual de validações, com 79 milhões, um aumento de 21,30% face aos 65,2 milhões registados em 2022 e aos 71,3 registados em 2019.
Em outubro de 2023, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, fixou os 150 milhões de validações anuais como objetivo para a empresa até ao final da década.
Atualmente, a Metro do Porto conta com seis linhas em operação, aguardando-se a conclusão das obras da linha Rosa (G), entre São Bento e Casa da Música (Porto) e da linha Rubi (Santo Ovídio - Casa da Música).
JE // JAP
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