
O ministro do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climatica guineense, Viriato Cassamá, defendeu a necessidade de um debate sobre as ameaças que se colocam às zonas costeiras do país, nomeadamente os efeitos das alterações climáticas, erosão e pressão antrópica.
Cassamá falava nesta Sexta-feira na abertura do Fórum Nacional Costeiro, uma iniciativa do seu ministério, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Fundo Global para o Ambiente (GEF, na sigla inglesa).
A iniciativa junta cerca de cem representantes de organizações comunitárias de zonas costeiras. O fórum acontece no âmbito do Projeto de Reforço de Capacidade e de Resiliência das Comunidades Costeiras Vulneráveis da Guiné-Bissau, vulgarmente conhecido como Projeto Coastal, em fase de conclusão, após cerca de quatro anos de implementação.
O governante guineense recordou, no seu discurso, que a zona costeira do país “enfrenta desafios” como a degradação ambiental, a pobreza e a vulnerabilidade às mudanças climáticas, mas também defendeu ser espaço com potencial económico.
“Os nossos ecossistemas marinhos e costeiros, os mangais, estuários, praias e ilhas constituem a base da vida, da cultura, da alimentação e da economia de uma parte significativa da nossa população”, considerou.
Viriato Cassamá alertou para a necessidade de serem adotadas medidas contra as ameaças à zona costeira, ao mesmo tempo que devem ser apresentadas às populações locais formas sustentáveis de subsistência.
O ministro assinalou que o Governo, através do seu ministério, lançou o Projecto Coastal para, de forma estruturada, intervir nas comunidades costeiras, “não só para atacar os sitomas da vulnerabilidade”, mas também para “actuar sobre as causas sistémicas”.
Cassamá, citado pela Lusa, notou que o Projecto Coastal ajudou as populações no reforço de capacidades institucionais, desenvolvimento local resiliente, produção de conhecimentos técnico e científicos.