
O valor dos títulos de dívida emitidos por entidades residentes ascendia a 317,6 mil milhões de euros no final de junho, mais 2,5 mil milhões de euros do que no final do mês anterior, segundo o Banco de Portugal. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo supervisor, esta subida justificou-se com as emissões de títulos de dívida das administrações públicas e do setor financeiro, que superaram as amortizações em 2,4 e 1,2 mil milhões de euros, respetivamente, e com a desvalorização, de 587 milhões de euros, dos títulos de dívida das administrações públicas.
No que respeita à dívida das administrações públicas, o valor total de títulos de dívida emitidos era de 191,4 mil milhões de euros, representando 60,3% do montante total de títulos de dívida emitidos por entidades residentes. Já as emissões líquidas de amortizações acumuladas no ano correspondiam, no final de junho, a 14,7 mil milhões de euros, menos 1,6 mil milhões de euros do que o registado em igual período de 2024.
No final de junho, os títulos de dívida ESG (Ambiental, Social e de Governança, na sigla em inglês) vivos emitidos por entidades residentes totalizavam 14,4 mil milhões de euros, ou 4,5% do stock total de títulos de dívida emitidos por residentes, menos 288 milhões de euros do que no mês anterior.
Segundo o Banco de Portugal, esta redução deveu-se ao facto de as amortizações deste tipo de títulos terem superado as emissões em 300 milhões de euros.
No final de junho, estavam previstas, para os 12 meses seguintes, amortizações no valor de 45,7 mil milhões de euros, o equivalente a 14,1% do stock de títulos de dívida vivos (valor nominal) naquela data. Para o mês de julho, as amortizações de títulos de dívida previstas totalizavam 7,5 mil milhões de euros, destacando-se as amortizações de títulos de empresas não financeiras, no montante de 5,4 mil milhões de euros, essencialmente papel comercial.
Relativamente ao stock de ações cotadas emitidas por entidades residentes, este atingiu, no final de junho, os 68,4 mil milhões de euros, mais 515 milhões de euros do que no final do mês anterior. O Banco de Portugal justifica esta subida com a valorização de 896 milhões de euros das ações das empresas não financeiras, parcialmente compensada pela desvalorização de 383 milhões de euros das ações do setor financeiro — a primeira desvalorização neste setor desde novembro de 2024.
Agência Lusa
Editado por JornalPT50