O futuro do trabalho não será feito só de tecnologia, IA e automação. Será feito de relações humanas saudáveis, de culturas fortes, de líderes com empatia

Durante décadas, aceitámos o inaceitável como se fosse inevitável.
Jornadas exaustivas. Chefias autoritárias. Cultura do medo. E um mantra perigoso: “aqui trabalha-se a sério”. Como se trabalhar “a sério” implicasse sofrer em silêncio. A evolução dos direitos laborais — felizmente — trouxe-nos muito. De jornadas reguladas a direitos básicos, de pausas legais a licenças de parentalidade. Mas será que parámos de evoluir? Ou pior: será que nos começámos a conformar?
Porque hoje, em pleno 2025, ainda é normal ver empresas com práticas que vamos considerar absurdas daqui a poucos anos. E não é preciso ir muito longe.
Lembram-se de quando falar de sustentabilidade nas empresas era um capricho? Um tema “bonito para palestras”, mas pouco prático para o dia a dia? Pois em 2010 não havia quase nenhuma métrica para medir o impacto ambiental das organizações. Hoje, ninguém sobrevive sem ESG, sem relatórios, sem planos concretos. Quem ficou para trás… ficou mesmo.
O mesmo vai acontecer com a felicidade organizacional.
Em 2021, de acordo com o Eurostat, Portugal era o país europeu onde os trabalhadores menos se sentiam satisfeitos com o trabalho. No mesmo ano, mais de quatro milhões de pessoas assumiam que trabalhar em Portugal não era sinónimo de felicidade. Hoje ainda há quem torça o nariz quando se fala em felicidade no trabalho. Quem associe bem-estar à preguiça. Quem acredite que motivação se compra com bónus. Mas, tal como na sustentabilidade, as consequências da negligência já são visíveis. E dolorosas.
Porque hoje, em pleno 2025, ainda é normal ver empresas com práticas que vamos considerar absurdas daqui a poucos anos. E não é preciso ir muito longe.
Lembram-se de quando falar de sustentabilidade nas empresas era um capricho? Um tema “bonito para palestras”, mas pouco prático para o dia a dia? Pois em 2010 não havia quase nenhuma métrica para medir o impacto ambiental das organizações. Hoje, ninguém sobrevive sem ESG, sem relatórios, sem planos concretos. Quem ficou para trás… ficou mesmo.
O mesmo vai acontecer com a felicidade organizacional.
Em 2021, de acordo com o Eurostat, Portugal era o país europeu onde os trabalhadores menos se sentiam satisfeitos com o trabalho. No mesmo ano, mais de quatro milhões de pessoas assumiam que trabalhar em Portugal não era sinónimo de felicidade. Hoje ainda há quem torça o nariz quando se fala em felicidade no trabalho. Quem associe bem-estar à preguiça. Quem acredite que motivação se compra com bónus. Mas, tal como na sustentabilidade, as consequências da negligência já são visíveis. E dolorosas.
Pessoas esgotadas. Equipas apáticas. Talento em fuga. A maior parte das pessoas não pede demissão. Apenas desiste. Desiste da empresa. Desiste de se envolver. Desiste de dar o melhor. Fica… mas já foi. Presença física, ausência emocional.
E o mais perigoso: muitos líderes nem sequer reparam. Que produtividade se impõe, que cultura se decreta, que felicidade é luxo! Continuam focados em KPIs ( Indicadores-Chave de Desempenho), dashboards e resultados de curto prazo, ignorando o que realmente move uma organização — as suas pessoas. Em breve, vamos ter relatórios de felicidade como hoje temos relatórios ambientais. Vamos ter métricas claras, indicadores, metas, compromissos. E as empresas serão avaliadas não só pelo que vendem ou produzem, mas também por como fazem sentir quem lá trabalha.
Sim, a felicidade será medida. E cobrada. Mas mais do que isso: será estratégica. Porque a felicidade é lucrativa — e quem ainda não percebeu isso está a construir uma empresa com prazo de validade.
O futuro do trabalho não será feito só de tecnologia, IA e automação. Será feito de relações humanas saudáveis, de culturas fortes, de líderes com empatia. E de organizações que compreendem algo simples: produtividade não se impõe — inspira-se.
Se não começarmos a agir hoje, daqui a uns anos vamos olhar para trás e perguntar: como é que ninguém via isto?
Ou pior: como é que nós vimos… e não fizemos nada?
E o mais perigoso: muitos líderes nem sequer reparam. Que produtividade se impõe, que cultura se decreta, que felicidade é luxo! Continuam focados em KPIs ( Indicadores-Chave de Desempenho), dashboards e resultados de curto prazo, ignorando o que realmente move uma organização — as suas pessoas. Em breve, vamos ter relatórios de felicidade como hoje temos relatórios ambientais. Vamos ter métricas claras, indicadores, metas, compromissos. E as empresas serão avaliadas não só pelo que vendem ou produzem, mas também por como fazem sentir quem lá trabalha.
Sim, a felicidade será medida. E cobrada. Mas mais do que isso: será estratégica. Porque a felicidade é lucrativa — e quem ainda não percebeu isso está a construir uma empresa com prazo de validade.
O futuro do trabalho não será feito só de tecnologia, IA e automação. Será feito de relações humanas saudáveis, de culturas fortes, de líderes com empatia. E de organizações que compreendem algo simples: produtividade não se impõe — inspira-se.
Se não começarmos a agir hoje, daqui a uns anos vamos olhar para trás e perguntar: como é que ninguém via isto?
Ou pior: como é que nós vimos… e não fizemos nada?