Não é só na frente doméstica que cresce o interesse no Banco BPM. O Crédit Agricole anunciou na passada sexta-feira que vai requerer ao Banco Central Europeu (BCE) autorização para deter mais de 20% do banco italiano.

Atualmente, a instituição francesa já é a maior acionista, com uma posição de 19,8%. O banco esclarece que pretende adquirir ações que o coloquem pouco acima de 20% do capital de forma a constar no enquadramento de “influência significativa” e ser contabilizado de acordo com o ‘equity method’, em coerência com a posição de acionista e parceiro industrial de longo termo do Banco BPM.

O ‘equity method’ permite reconhecer os investimentos onde o investidor tem um impacto significativo no desempenho financeiro da empresa, mesmo sem controlo completo da mesma. O Crédit Agricole tem parcerias em crédito ao consumo e seguros com o BPM.

O banco francês já aumentou a sua posição desde o início da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do UniCredit sobre o BPM. Entre dezembro e abril, a posição da empresa subiu de 9,2% para 19,8%. Também em abril, antes do início da OPA, o BCE concedeu ao Crédit Agricole permissão para deter até 19,9% do banco italiano.

Contudo, a instituição francesa reiterou que não pretende adquirir controlo do BPM e tenciona manter a sua participação abaixo do limite que espoleta uma oferta sobre o banco.