O Vitória submeteu junto da Liga Portugal um pedido de marcação de uma Assembleia Geral com vista à discussão de uma alteração regulamentar que pretende ver implementada. A proposta que os minhotos desejam levar a debate servirá para rever o artigo 82.º do Regulamento das Competições, mais concretamente as duas alíneas que foram acrescentadas mais recentemente, cuja entrada em vigor veio permitir que os treinadores que subiram equipas à 1.ª e 2.ª divisões sejam inscritos como principais mesmo que tenham apenas o nível III, desde que se mantenham ao comando dos mesmos emblemas. 

Segundo avançou o Grupo Santiago e confirmou Record, a intenção do Vitória é alargar o regime de excecionalidade, dando a possibilidade a quem garante a promoção ao escalão acima de orientar qualquer equipa na temporada seguinte. Deste modo, Luís Pinto, o técnico que os minhotos escolheram para a nova época, poderia ser inscrito como treinador principal, algo que, à luz da atual legislação, deixou de ser possível após a saída do Tondela.

Apesar de estar a frequentar o curso para obter o diploma exigido pelos regulamentos, o nível IV, o treinador portuense terá de esperar até à conclusão da formação para poder ter as mesmas regalias que os demais companheiros de profissão ou torcer para que esta proposta seja aprovada. Se nada mudar, Luís Pinto terá de assumir, no papel, uma função secundária, o que será uma limitação em dias de jogo. A título de exemplo, não poderá estar de pé no banco ou dar indicações.

De referir que esta questão não afeta apenas Luís Pinto e o Vitória. O Moreirense e Vasco Botelho da Costa têm o mesmo problema em mãos.