Nacional e Vitória de Guimarães vão entrar em campo separados por 18 pontos, por isso as primeiras palavras de Tiago Margarido na avaliação ao adversário deste sábado foram elogiosas:  

«É um Vitória europeu, que está a jogar muito bem, a verdade é essa, com excelentes dinâmicas, virada para o futebol ofensivo. Com a entrada do Luís Freire a equipa ainda ganhou mais consistência. Portanto eles estão bem, provavelmente no melhor momento da época, por isso vamos ter pela frente, obviamente, um jogo difícil. Como sempre, preparámo-nos em função do mesmo, mas a verdade é que o nosso adversário é de valor.»

O Vitória tem muitos empates fora, espera um adversário a jogar fechado? Nada disso. «Não creio, não creio. Para trás podem ter abordado um ou outro jogo assim, mas neste não creio que venham jogar fechados, até porque estão com o Santa Clara a um ponto, portanto têm de vencer para não serem ultrapassados. Acredito que venham atacar, venham num jogo aberto, assim como nós, vamos jogar abertos, vamos jogar ao ataque, penso que vai ser um excelente espetáculo para quem vier assistir. Por isso deixo o meu repto aos adeptos, como sempre, para nos ajudarem frente a uma equipa forte, mas penso que vai ser um jogo aberto», previu.  

Do lado vimaranense tem-se destacado Gustavo Silva, que nas duas últimas temporadas representou... o Nacional. Assim, um jogador que conhece a equipa, mas Tiago Margarido estava preparado. «Conhece a nossa equipa e conheço eu, porque, na altura, enquanto equipa técnica, tivemos a oportunidade de o adaptar à posição que ele agora ocupa, sabemos muito bem quais são as potencialidades dele. Mas com uma equipa com tanta qualidade, não faz sentido estarmos preocupados com um jogador. Obviamente sabemos que o Gustavo é um jogador fortíssimo, muito bom no ataque à profundidade, mas há muitos outros e estamos, sim, preocupados com aquilo que é o coletivo do Vitória», explicou.

O Nacional contou com derrotas nos últimos dois jogos em casa (frente a Gil Vicente e E. Amadora), por isso Tiago Margarido falou no que terá de ser diferente: «É necessário entrarmos com concentração, intensos no jogo, preparámo-nos em função disso. Cada jogo tem a sua história, mas temos de ser o que fomos, na maioria das vezes, em nossa casa: uma equipa a entrar concentrada, a entrar forte, intensa, sempre na procura do golo, penso que esse será o segredo para o próximo jogo.»  

Com a permanência quase assegurada, a questão da gestão e das contas ainda existe? «A nossa responsabilidade traz-nos sempre pressão, que é usarmos e dignificarmos o símbolo do Nacional. O símbolo que levamos ao peito é a nossa pressão. É lutar sempre pelos três pontos. Quanto às questões matemáticas da manutenção, o que sabemos é que ainda faltam três jogos, dependemos unicamente de nós, e estamos focados é naquilo que se vai passar dentro dos 90 minutos, no recinto de jogo. Portanto não olhamos a aritméticas», garantiu.

Miguel Baeza, Ivanildo, Dyego Sousa e Francisco Gonçalves estão fora por lesão.