
O Sporting conquista este domingo a Taça de Portugal após derrotar o Benfica (3-1) no Estádio Nacional, com direito a golo no último minuto e reviravolta no prolongamento. A vitória na final, que ditou o reencontro dos rivais no Jamor após 29 anos, valeu a dobradinha aos leões. Gyökeres, se realmente sair, despede-se em grande estilo.
Bruno Lage, que tal como Rui Borges disputou a sua primeira final da Taça, tinha na manga uma surpresa para o dérbi: um 3-4-2-1, com Carreras a central, Samuel Dahl no corredor esquerdo e Tomás Araújo no flanco direito. Di María ficou no banco, Bruma foi aposta de início.
Uma mudança tática que terá surpreendido Rui Borges. O treinador do Sporting, impedido de usar Diomande, lançou St. Juste para o onze dos leões.
- Onze do Benfica: Samuel Soares, Otamendi, António Silva, Carreras, Tomás Araújo, Kökçü, Florentino, Dahl, Bruma, Pavlidis e Aktürkoğlu
- Onze do Sporting: Rui Silva, Quaresma, St. Juste, Inácio, Catamo, Debast, Hjulmand, Maxi Araújo, Trincão, Gyökeres e Pedro Gonçalves
Benfica começa melhor
O jogo começou agitado, com muitos ataques e perdas de posse. Ao minuto 11, Luís Godinho assinalou penálti para o Benfica, por alegado toque na mão de Gonçalo Inácio. No entanto, o VAR foi acionado e o lance acabou por ser anulado, porque Kokçu estava fora de jogo no início da jogada.
A melhor oportunidade neste início de partida saiu dos pés de Pavlidis, aos 20'. O avançado grego acertou a bola no poste de Rui Silva, que ainda tocou no esférico para evitar o golo.
O Benfica foi melhor na primeira parte e o Sporting pouco ameaçou a baliza do rival. Álvaro Carreras, que a imprensa internacional coloca na mira do Real Madrid, controlou com sucesso as investidas de Gyökeres, o avançado sueco que também pode ter feito no Jamor o último jogo em Portugal.
No arranque na segunta etapa, sem alterações vindas no balneário, Kökçü colocou o seu nome na história do jogo com uma bomba, de muito longe, teleguiada para o canto inferior direito da baliza de Rui Silva. 1-0 para o Benfica.
Gyökeres faz de herói outra vez
Nem cinco minutos depois, um boa trama coletiva dos encarnados, com passe notável de Pavlidis, resultou no segundo golo, apontado por Bruma. Mas o VAR voltou a entrar em ação para mostrar uma falta em Francisco Trincão no início do lance.
A segunda parte teve pouco brilho das duas equipas, mas o Benfica foi controlando as ações, num jogo pouco inspirado do Sporting. No entanto, após mais 100 minutos de futebol, porque foram 10 os de desconto na etapa final, Gyökeres teve pernas para um último momento de estrela.
O melhor marcador do futebol nacional arrancou pela direita, ultrapassou António Silva e foi derrubado por Renato Sanches dentro da área. Penálti para o Sporting. Samuel Soares saltou para um lado, o sueco mandou para o outro. 1-1, naquele que foi o 54.º golo de Viktor na temporada.
Já no prolongamento, foi Conrad Harder, que entrou aos 75 minutos, a dar a reviravolta ao Sporting. O avançado dinamarquês saltou mais alto do que todos para aproveitar um cruzamento de Francisco Trincão. Estava feito o 2-1.
Quando já restavam menos de cinco minutos para o apito final, Trincão fez uma ‘cueca’ a António Silva e rematou sem hipóteses de defesa para Samuel Soares. 3-1 e marcador fechado.
O Sporting soma assim mais um feito histórico na temporada. Depois de ganhar o bicampeonato, que fugia há mais de 70 anos, os leões voltam a fazer a dobradinha, após mais de 20 anos da última vez que juntaram os títulos de Liga e Taça na mesma época.