
Portugal e Geórgia vão defrontar-se com níveis similares na terça-feira, na conclusão do Grupo C do Europeu de futebol de sub-21, disse esta segunda-feira o selecionador nacional Rui Jorge, descartando que os lusos joguem para o empate.
"Creio que são duas equipas muito semelhantes, com uma grande paixão pelo jogo e um coração enorme. A Geórgia tem aquilo que eu quero para a nossa seleção em termos de entrega e companheirismo. A maneira como jogam coletivamente advém da geração que disputou o Europeu de há dois anos. Tecnicamente, as equipas também se equivalem e são rápidas a sair para o contra ataque", analisou o técnico, em conferência de imprensa.
Depois do empate com a França (0-0) e da vitória sobre a Polónia (5-0), Portugal volta ao Estádio Sihot, em Trencin, na Eslováquia, para encarar a Geórgia na terça-feira, às 18:00 locais (17:00 em Lisboa), na terceira e derradeira jornada do Grupo C do Europeu de sub-21, enquanto os gauleses jogam à mesma hora com os polacos, já eliminados, em Zilina.
Rui Jorge pediu "segurança com bola, agressividade no ataque e qualidade" para superar os georgianos, que triunfaram no único jogo realizado com Portugal em fases finais (2-0), em Tbilisi, em 2023, quando coorganizaram a última edição da prova, a par da Roménia.
"Nos últimos 13 duelos, a Geórgia só não marcou num particular com a Roménia. Não se limita a defender, apesar de o fazer bem, e reúne características ofensivas fortes. Marcar sistematicamente não é fácil, mas eles conseguiram fazê-lo frente à Polónia e à França e estiveram a minutos de rumarem aos 'quartos' e já não precisarem deste jogo", salientou.
Numa 'poule' em que os dois primeiros classificados acedem à fase a eliminar, a seleção das 'quinas' soma os mesmos quatro pontos da França, segunda, sobre a qual apresenta uma diferença positiva de quatro golos, enquanto a Geórgia é terceira, com três pontos e possibilidades de qualificação, ao contrário da lanterna-vermelha Polónia, ainda a 'zeros'.
"Sabemos que há dois resultados que nos interessam, mas a postura competitiva não se altera de um dia para o outro. O grande objetivo passa sempre por mostrar o que somos capazes de fazer. Como é lógico, se houver um empate quando o duelo estiver prestes a terminar, o nosso guarda-redes não subirá à área contrária num canto", atirou Rui Jorge.
Rafael Rodrigues e os titulares Chico Lamba, João Muniz e Diogo Nascimento estão em risco de exclusão para os 'quartos', mas o técnico admite que "não há gestão de cartões amarelos", mesmo que introduza "algumas mudanças" nas escolhas iniciais de Portugal, que está a um golo dos 500 entre apuramentos e fases finais de Europeus da categoria.
"Nenhum jogador deixará de passar a bola se o seu colega estiver numa posição melhor para marcar. Acredito mesmo nisso, até porque é uma ideia que se constrói e os nossos princípios não se alteram de um momento para o outro", finalizou Rui Jorge, que totaliza 125 duelos em 14 anos e meio à frente da equipa nacional, 20 dos quais em fases finais.
A 25.ª edição do Europeu de sub-21 começou na quarta-feira e acabará em 28 de junho, com a final no Estádio Tehelné pole, em Bratislava, sendo que Portugal, finalista vencido em 1994, 2015 e 2021, procura um inédito troféu na 10.ª participação, e terceira seguida.