
O selecionador português, Ricardo Vasconcelos, assegurou hoje que Portugal vai manter a sua identidade frente à superfavorita Bélgica, na estreia no Europeu feminino de basquetebol.
Após o segundo treino na Strarez Arena Vodova, em Brno, na República Checa, onde Portugal vai disputar o Grupo C, Ricardo Vasconcelos disse que Portugal vai manter a energia e a agressividade que faz parte do ADN da equipa lusa e que tem sido elogiado pelos adversários.
"Isso chama-se identidade, como nós falámos. Nós temos uma identidade, somos uma equipa com muita energia, somos uma equipa que realmente faz a vida difícil aos rivais, aos adversários, porque temos bastante disciplina tática e muita capacidade competitiva. Essa identidade não a vamos perder. Essa é a nossa identidade, esses são os nossos trunfos. Foi o que nos fez chegar aqui, foi o que nos fez permitir e realizar um sonho. Não vamos alterar essa identidade", afiançou.
A estreia de Portugal, na quinta-feira, será frente à Bélgica, atual campeã europeia e "superfavorita" a ganhar o Europeu, até porque "é das poucas equipas que não perdeu nenhuma jogadora para a WNBA" (liga norte-americana).
"[Temos de] Tirar-lhes o flow, defensivamente, criar-lhes problemas e tirar-lhes aquela fluidez com que elas jogam. [...] As melhores jogadoras da Europa fazem parte da equipa da Bélgica, e, portanto, [temos de] entrar-lhes nas emoções, ser capaz de tirar-lhes conforto no momento de jogar. É para nós absolutamente decisivo para poder alterar ritmos de jogo e que possam ser a nosso favor e não a favor delas", referiu.
A pouco mais de 24 horas da estreia, na quinta-feira, às 20:15 locais (19:15 em Lisboa), "está tudo ok" na seleção lusa, mesmo com algum nervosismo, com o selecionador a pedir um bom início do encontro.
"Se controlarmos bem o início do jogo, porque elas vão entrar com tudo, elas vão querer o mais rapidamente possível estar a ganhar para jogar confortavelmente, e se nós controlarmos bem os inícios de cada quarto, vai ser um jogo bastante interessante de seguir", assumiu.
O selecionador admite que o ambiente "está tenso e ansioso", o que "é normal nesta altura", pois estão a conseguir algo histórico, depois de se terem qualificado pela primeira vez para um Europeu, e todos se estão "a ajustar".
"Aquela perceção de que temos que fazer tudo perfeito, porque estamos a viver uma coisa única, vai criar aqui um frisson, estamos a criar aqui um frissonzinho de ansiedade. Mas é normal, temos de a controlar, temos de ir falando das ideias e pondo cada vez o grupo com as ideias mais claras para poder começar o jogo da melhor maneira possível, sendo que temos um jogo, obviamente, bastante complexo para iniciar a competição", afirmou.