
Sobre a luta pelo título, Pote assumiu que sentiu algum receio de não conseguir o bicampeonato, mas reconheceu que a união da equipa na fase decisiva, sob a mão do "surpreendente" Morten Hjulmand, foi determinante.
"Acabamos sempre por ter receio, porque o Benfica tem uma excelente equipa, com campeões do Mundo, que mete sempre aquela pressão. Ficámos sem treinador, sem o capitão que era muito importante, o Coates, o Paulinho, o Adán... Chegámos a meio e sentimos que nos estava a faltar alguma liderança. Mas a equipa uniu-se toda e correu bem. Toda a gente tentou liderar e o Morten apareceu. Surpreendeu-me muito, porque parece que tem o discurso certo", disse, ao Canal 11.
Palavras para Rui Borges. Injustiçado?
"Foi um treinador que uniu bastante o grupo, com grande caráter e muito humilde. Tentou perceber o que os jogadores queriam. Foi uma peça importante para unir todas as tropas."
Saída de Amorim e três treinadores esta época
"O míster foi o treinador mais importante da minha carreira, antes de mais. Tínhamos uma ligação muito forte, principalmente comigo, até a nível familiar. Gostava muito da minha mulher. Ficámos triste... Lembro-me do dia. Eu comecei a chorar. Era uma pessoa que gostava mesmo. Nunca lhe disse para não ir, disse boa sorte."
Jogadores ficaram chateados?
"Claro que ficam triste, porque era como se fosse um pai. Sabia o que precisávamos... Mas compreendemos. [Continua a falar com ele?] Falava mais no início, porque ele queria perceber a minha lesão. Jogo de Braga? Eu disse que nunca ia jogar, mas arrisquei."
Amorim disse que se pudesse levar um jogador, eras o Pote...
"Não fiquei surpreendido, porque tudo o que diz na TV, diz para dentro. Ele convence. Tem um discurso muito bom. Se disser que vamos para a direita, vamos para a direita. Ele já me tinha dito, mas... não sei."
Renovação e interessados. Vai ficar?
"Não sei o futuro, mas para já, sim. Gosto de estar aqui, tenho contrato mais dois anos e gostaria de ficar aqui mais dois anos."