Sofia Ribeiro Branco, advogada do FC Porto assistente no processo, sublinhou que a defesa dos arguidos na 'Operação Pretoriano', "tentou normalizar tudo o que aconteceu" no julgamento, para além de tentar "transformar uma falácia o que aconteceu na AG" do FC Porto que decorreu a 13 de novembro de 2023.

"Defesa tentou normalizar tudo o que aconteceu neste julgamento e transformar uma falácia o que aconteceu na AG. Para o FC Porto jamais o desporto pode servir para justificar ameaças ou agressões. Foi um atentado à paz pública e à liberdade dos cidadãos. Não se pode atuar à margem na lei, sem limites. O FC Porto não fica indiferente ao que se passou na AG, onde sócios foram impedidos de participar livremente. Como não pode ficar indiferente a qualquer coação física ou psicológica", começou por dizer, reiterando a posição do clube portista quanto a todos os acontecimentos na AG: "Jamais se podem passar coisas destas no desporto. Esta acusação pecou por defeito por não encontrar todas as pessoas que foram ofendidas e outras que ficaram com medo. Plano foi concertado com o propósito de eliminar os direitos sociais e limitar os sócios ao seu direito mais importante e, com isso, prejudicar de forma grave o FC Porto. Durante inquérito foram inquiridas 48 pessoas presentes na AG, sócios, segurança, visualizadas imagens CCTV e recolhidas por outras pessoas realizadas buscas a casa de arguidos, análise das mensagens entre os arguidos. Não fomos exaustivos porque ser exaustivo seria olhar para tudo e elaborar criteriosamente tudo o que acontecer."

A advogada do FC Porto afirma que Fernando e Sandra Madureira "tentaram impedir que fossem observadas todas as imagens de CCTV" e "condicionaram o tribunal": "Dada a impossibilidade de contrariar o que estava na acusação, arguidos limitaram-se desviar atenções com questões laterais. Mas pior, Fernando e Sandra, tentaram impedir que fossem observadas todas as imagens de CCTV e apresentaram condições que levaram mais de 18 horas a analisar as respetivas imagens. Sandra e Madureira condicionaram o tribunal ao dizer que só prestavam declarações se as imagens passarem primeiro. E o que é que os arguidos retiraram dessa visualização: 'nada, absolutamente nada, foi como se as imagens sem som justificassem que tudo decorreu de forma tranquila. Foi tudo calmo, uma fantasia'".

E continuou: "É inconstestável que Madureira e Hugo Carneiro dirigiram-se à mesa de credenciação e, em comunhão de esforços, adquiriram as pulseiras e posteriormente as distribuíram por quem entenderam. Com câmaras CCTV desviadas acidentalmente ou não, quando há agressões na bancada norte, as reacções na bancada central são suficientemente esclarecedoras".

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