Uma noite de finais da natação. Um serão de lendas e heróis, de barulho, de bancadas cheias. Há coreografias, jogos de luzes, bandeiras, gritos.

Olha-se para um lado e está Summer McIntosh, olha-se para o outro e está Regan Smith. Ali ao fundo nada Caeleb Dressel, mais perto está León Marchand. Todos competem nesta noite.

Todos partilham palco com Diogo Ribeiro. Pela primeira vez, o jovem esteve em ação num destes serões de finais, nestas horas frenéticas em que, em 120 minutos, se atribuem uma catrefada de medalhas, uma parada de glória, um mergulho nas águas da eternidade.

Ele nem esperava estar aqui, a grande aposta é os 100 metros mariposa. Mas, depois de surpreender de manhã, ganhou direito a estar aqui, a competir num dos momentos mais marcantes de quaisquer Jogos Olímpicos. As noites da água na primeira semana, as noites do atletismo na segunda: eis boa parte do coração do mediatismo olímpico.

Bebendo desta experiência, absorvendo-a, Diogo Ribeiro nadou nos 100 metros livres. Chegou com o 26.º tempo mais rápido, de manhã foi o 13.º melhor, registando 21,91 segundos.

Nadando na segunda das duas séries nesta parada de craques noturna, fez 22.01, abaixo dos 21.91 da manhã, abaixo do seu recorde nacional de 21.87. Foi o 16.º melhor.

Para termos uma noção, o oitavo, o último que se apurou para a final, fez 21.64. Foi o francês Florent Manadou e está, ainda, a uma considerável distância do melhor registo do adolescente.

O que se aprenderá competindo neste cenário? O que se levará para o futuro? Só o futuro saberá o que se levará.

O presente, para Diogo, é já amanhã. Às 11h, nadará nos 100 metros mariposa, a prova em que deposita mais esperanças.