
A confirmação da chegada de Toprak Razgatlioglu à Prima Pramac Yamaha parece ter acelerado o fim do percurso de Jack Miller na MotoGP. Apesar de existir ainda uma janela de oportunidade até à pausa de verão, a realidade é que o australiano está cada vez mais próximo de uma mudança definitiva para o Mundial de Superbikes.
Miller tem mostrado esforço e empenho, mas os resultados continuam aquém do esperado. Estar em 16.º lugar no campeonato e com apenas um top-5 em 2025 não chega para garantir um lugar, sobretudo quando há alternativas mais jovens e com contratos bem encaminhados, como Miguel Oliveira.
Mesmo com a sua contribuição para o desenvolvimento da nova M1, a competitividade no MotoGP exige mais do que conhecimento técnico. A Yamaha procura resultados tangíveis, especialmente agora que pretende renovar a imagem da equipa com a entrada histórica de Razgatlioglu.
Com o interesse já demonstrado por parte do campeonato de Superbikes e a sua participação confirmada nas 8 Horas de Suzuka, o cenário de uma transição para o WorldSBK em 2026 torna-se cada vez mais viável. A possível colaboração com Cal Crutchlow dentro da estrutura da Honda também aponta nesse sentido.
Para Jack Miller, o MotoGP pode estar a chegar ao fim. Ainda que não seja uma saída forçada, parece cada vez mais um desfecho natural para um piloto que já deu muito à categoria, mas que agora poderá reencontrar motivação e sucesso num novo palco competitivo.