
Miguel Oliveira mostrou-se visivelmente frustrado no paddock este domingo, após uma corrida complicada no Grande Prémio de MotoGP em Brno, marcada por um toque agressivo de Fermín Aldeguer e uma estranha perda de rendimento que acabaria por arruinar um fim de semana que tinha começado com boas indicações.
“Na Curva 7, já estava com o joelho no chão, e o Fermín simplesmente forçou espaço onde não havia,” explicou Oliveira após a corrida. “Empurrou-me para fora e perdi o comboio e quatro ou cinco posições. Basicamente, foi ali que a minha corrida se foi.”
O incidente inicial teve impacto direto. Depois de ter mostrado ritmo de top 10 no warm-up da manhã, o piloto português nunca mais conseguiu recuperar o andamento, e a quebra de performance foi tão inexplicável quanto frustrante.
“Algo estranho aconteceu… Não quero dizer que foi da moto, mas talvez dos pneus. Porque nem sequer consegui chegar perto do ritmo que tinha de manhã,” disse. “Fiz 1:53.8 no warm-up, e depois na corrida nem consegui rodar abaixo de 1:55. É muito estranho, e é algo que temos mesmo de analisar.”
Afinação, Estratégia ou Outra Coisa?
A equipa ainda não emitiu qualquer explicação técnica oficial, mas Oliveira deixou no ar que a diferença de ritmo entre o aquecimento e a corrida foi demasiado grande para ser ignorada.
“Esperava muito mais hoje, especialmente com a sensação que tive na moto de manhã. Foi dececionante, mas vamos analisar. Não é normal.”
E Agora?
O resultado abaixo das expectativas adiciona mais pressão à temporada de 2025 de Oliveira, marcada pela procura contínua de consistência. Com a pausa de verão a aproximar-se, Brno era visto como um possível ponto de viragem — mas acabou por levantar mais dúvidas do que respostas.
Ainda assim, o português mantém-se determinado em dar a volta por cima:
“Vamos analisar os dados, perceber o que aconteceu e regressar mais fortes. O ritmo estava lá — só não apareceu quando mais importava.”
Um toque agressivo, uma quebra de performance confusa — e um fim de semana que escorregou por entre os dedos de Miguel Oliveira. A prioridade agora passa por conter os danos e investigar a fundo antes da próxima ronda do campeonato.