
FC Porto e Al Ahli estão a caminhar para um acordo destinado viabilizar a transferência de Gabri Veiga para os dragões, sendo certo que o jogador já tem apenas a cabeça na Europa e no projeto que lhe foi apresentado pelo emblema português. Até ver, o FC Porto corre sozinho pelo concurso do jogador, que foi sendo apontado a diversos clubes, como o Newcastle, Atlético Madrid e até Celta de Vigo, a sua casa de origem. Contudo, proposta concreta, só existe (por agora) a do FC Porto, que não quer sair muito dos €17 milhões por um atleta que tem valor de mercado ligeiramente superior, €23 milhões, apesar de em 2023 ter custado aos sauditas €30 milhões.
Relativamente ao Atlético de Madrid, os colchoneros procuram realmente um médio com as características de Gabri Veiga, mas a mira está apontada para Espanha e para o internacional dos Estados Unidos da América Johnny Cardoso, do Betis, jogador de 23 anos que também tem raízes brasileiras. Quanto ao rumor Celta de Vigo, foi desfeito por via oficial esta quinta-feira pelo diretor de comunicação do Celta de Vigo, José Carlos Bastos, que negou qualquer intenção do emblema galego em recuperar Gabri Veiga. «Não estamos a trabalhar em nenhum acordo neste momento e não temos planos para contratar Gabri Vega», afirmou, perentório.
Divórcio com os adeptos
Gabri Veiga chegou ao Al Ahli no verão de 2023, proveniente do Celta de Vigo, com um contrato de três anos. Apesar de alguns desafios iniciais, como a lesão no tornozelo que o afastou dos relvados durante alguns meses na primeira temporada, o médio destacou-se ao contribuir para a conquista da Liga dos Campeões da Ásia. Esta temporada, participou em 45 jogos pelo Al Ahli, marcou oito golos e realizou seis assistências, tornando-se um dos jogadores mais acarinhados pelos adeptos do clube.
Contudo, esta relação mudou recentemente com a revelação do interesse do FC Porto e o desejo do jogador espanhol de encerrar a sua passagem de dois anos pela Arábia Saudita. O divórcio com os fãs é evidente. A escolha de Gabri Veiga pelo Al Ahli em 2023, numa altura em que tinha a possibilidade de se transferir para o Nápoles, foi motivada principalmente por razões financeiras. O seu agente, Pini Zahavi, que realizou negócios com o FC Porto na era Pinto da Costa, deixou a decisão nas mãos do atleta. Na altura, os milhões sauditas falaram mais alto.
Agora, numa fase diferente da sua carreira, e ainda muito jovem, Gabri Veiga procura novos desafios para competir ao mais alto nível e deseja estar mais próximo da família. Com o Mundial de Clubes à porta e O Porriño, a terra-natal, a uma hora de carro, a mudança para um clube da dimensão do FC Porto torna-se ainda mais atrativa. Se em termos monetários o FC Porto evita subir a fasquia, o Al Ahli quer como contrapartida uma fatia bem generosa de uma percentagem de uma futura venda ou mesmo manter uma parcela igualmente significativa dos direitos económicos de Gabri. É um jogo de paciência.