
A pouco mais de um dia do derradeiro embate contra o Fenerbahçe, Bruno Lage lançou o desafio que vai decidir o futuro do Benfica na Liga dos Campeões, mostrando-se convencido que o duelo será equilibrado, diante de uma equipa e um treinador habituados à exigência da Champions.
O que esperar do Fenerbahçe: «O mais importante foi o que ficou vincado pelo Enzo. Sabemos da importância e da estratégia para o clube. Temos pela frente uma equipa de Liga dos Campeões, que conhece muito bem a cabeça. José Mourinho conhece muito bem o Benfica e o Estádio da Luz.
O mote tem de passar por sermos mais racionais do que emocionais. No que toca à tática, temos de ter inteligência e paciência para vencer o jogo. Temos, no mínimo, 90 minutos para isso. Precisamos do apoio fantástico dos adeptos, eles têm de perceber isso. Queremos fazer um grande jogo.»
Responsabilidade: «A responsabilidade está em todos os jogos. No início da época tínhamos um troféu para conquistar Supertaça]. A nossa motivação de vencer e jogar pelo Benfica está sempre acima. Só pensamos em como vencer o jogo seguinte.»
Elogios de Mourinho ao árbitro da partida: «Não vou falar de mercado, muito menos num jogo de Liga dos Campeões. Só tive oportunidade de ter o árbitro no jogo do Campeonato do Mundo, frente ao Chelsea. Não fico nada preocupado com os elogios de José Mourinho ao árbitro. O elogio que temos de fazer amanhã é pela verdade. No final do jogo, se não falarmos do árbitro e sim do jogo, será o melhor elogio a fazer.»
Mourinho e o onze a ser lançado: «O que sabia Mourinho? Foi uma piada que saiu ao contrário. Não queria abrir mais o jogo, senão o mister Mourinho iria saber. Já adiantei metade do trabalho, sobre o guarda-redes e a linha defensiva, talvez o mais fácil de antecipar. Independentemente do onze e do sistema tático, sabemos bem o que temos de fazer em termos ofensivos e defensivos. Temos de ser inteligentes para vencer o jogo.»
João Veloso à porta do onze?: «Abre-se a porta a muita gente. Independentemente de jogarmos com três médios ou não, temos de ter capacidade para controlar os médios do adversário. Estamos a equacionar quem pode jogar, mesmo o próprio Talisca. São nuances do adversário que nós percebemos bem nos últimos jogos. O mais importante é estarmos preparados para, quando não tivermos a bola, sermos agressivos a defender e a procurar os espaços, depois, da baliza adversária.»
Irritação de Akturkoglu?: «Tenho uma boa relação com todos os jogadores. O Akturkoglu é um jogador especial. Os nossos adeptos não o conhecem como pessoa, só como jogador. Os jornalistas turcos chegaram ao relvado e acenaram. Achei piada a esse momento.
Viu as imagens do Akturkoglu quando estava a entrar em campo? A sorrir? É isso. Entrou em campo, sorridente, para ajudar a equipa. Não fez uma boa prestação e saiu desiludido. Para mim, não é assunto. Será assunto quando um dos nossos jogadores não contribuir para a equipa e pensar que está tudo bem. Aí vou estar muito preocupado.»
Seis jogos sem golos consentidos: «Olhamos para aquilo que estamos a fazer neste momento e estamos satisfeitos. Vamos em agosto e acredito que temos espaço para evoluir. A equipa tem dado boa resposta, em organização coletiva. Mesmo no ataque, com golos em que a bola passa por muitos jogadores até finalizar. É um processo. O importante é fazer a equipa crescer.»
Análise ao Fenerbahçe de Mourinho: «Estamos a falar de um treinador que já venceu por duas vezes a competição. É uma equipa que domina bem todos os momentos do jogo. São fortes no ataque organizado, com muitos médios de longa distância a rematar fora da área. É uma equipa top, com um treinador top, mas temos de nos focar em ganhar o jogo. Desilusão? Só penso em ganhar o jogo.»