A caminho das Olimpíadas de Los Angeles'2028, José Manuel Araújo oficializou esta quarta-feira a sua candidatura à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP) para o ciclo olímpico 2025-2029.

Numa cerimónia que contou com a presença de várias figuras notáveis do desporto português, que fizeram questão de marcar presença no apoio a Araújo, tais como o Comandante Vicente Moura (antigo presidente do COP), João Rodrigues (antigo velejador olímpico), Ricardo Andorinho (antigo andebolista), Diana Gomes (antiga nadadora olímpica), Fernando Mota (antigo presidente da Federação Portuguesa de Atletismo) e João Neto (antigo atleta olímpico e treinador de Catarina Costa, medalhada em Paris), entre outros. 

O dirigente dirigiu algumas palavras fortes quanto a resultados para a próxima missão olímpica, garantindo que o seu objetivo passa por "fazer melhores resultados em Los Angeles" do que os já de si históricos feitos pelos nossos atletas nos últimos Jogos Olímpicos, em Paris.

Numa candidatura que pretende dar continuidade ao trabalho de José Manuel Constantino e simultaneamente inovar, o ainda secretário-geral do COP no seu discurso destacou que: "Portugal vive um momento promissor no desporto olímpico e este projeto visa consolidar os sucessos alcançados e abrir novos horizontes com mais oportunidades para os atletas e uma maior presença internacional".

Por outro lado, o também diretor de informação e cultura da Assembleia da República fez questão de vincar que o foco do seu projeto "estará no desenvolvimento do apoio aos atletas, aos treinadores, às Federações, reforçando o apoio financeiro para todos" dado que o COP, na área da Marca, deve fazer valer "a reputação que detém".

Perante um auditório de cerca de uma centena de pessoas na sede do COP, o agora candidato revelou ainda que ostenta a ambição de voltar a contar com "um membro do Comité Olímpico Internacional de nacionalidade portuguesa".

Ao seu lado na apresentação da candidatura, estiveram dois nomes históricos do desporto olímpico português que integram a mesma, João Rodrigues e Diana Gomes - presidentes da comissão de atletas olímpicos em períodos recentes -, como o próprio José Manuel Araújo fez questão de sublinhar, referindo-se ao antigo velejador que marcou presença em sete Jogos, como o atleta "com mais presenças olímpicas de todos os atletas nacionais", sem esquecer que a antiga nadadora é "a mais jovem atleta portuguesa a apurar-se para uns Jogos".

Adiantando ainda que, os cargos que os dois antigos atletas vão desempenhar na sua eventual presidência "serão definidos mais tarde" mas, "naturalmente serão membros da comissão executiva do COP".

A eleição para a presidência do COP está prevista para março de 2025 e até lá Araújo irá manter-se "em funções como secretário-geral", reconhecendo "a vantagem" que advém desse factor perante os outros candidatos, que fez questão de deixar bem claro que há "respeito", mas que "não assustam, nem mesmo o nome do possível candidato Fernando Gomes" que deixa um legado reconhecido por todos à frente da Federação Portuguesa de Futebol.

"HOUVE O SONHO DE FAZER OS JOGOS OLÍMPICOS"

"Já houve o sonho há muitos anos atrás de fazer uns Jogos Olímpicos", partilhou Araújo, sem esquecer: "É difícil a Portugal organizar competições multidesportivas de elevado investimento".

Com os pés assentes na terra e toda a frontalidade o candidato atirou ainda: "Todos nós que olhamos para a situação em que se organiza, atualmente, os Jogos Olímpicos, obviamente, que Portugal não terá condições para fazer Jogos Olímpicos".
 
No entanto, deixa uma palavra de esperança àqueles que gostariam de ver realizar-se no nosso país competições multidespirtivas: "Há condições para fazer competições em dimensão distinta com preocupação de mostrar que é possível fazer uma competição sustentada financeiramente e também amiga do ambiente. Foi isso, também, que nos motivou a candidatar-nos e conseguirmos ter, em 2027, os Jogos do Mediterrâneo de Praia, em Portimão e Lagoa, mas o objetivo é ter a possibilidade de ir mais além".