"A seleção não pode ser só quando dá jeito", disse Rui Jorge, esta quinta-feira, ao Canal 11, referindo-se a Eduardo Quaresma. No seguimento das declarações do selecionador nacional de Sub-21, o central João Muniz foi confrontado por Record com o tema e respondeu assim: "Acredito que não seja eu a pessoa mais certa para estar a julgar as decisões e opiniões de cada um. Se o mister fez essas declarações é porque o sentia e o Edu disse e fez aquilo que sentia e achava melhor. Não sou eu a pessoa que tem de opinar em relação a isso. Deixo essa decisão, opinião e sentimento para os dois. Se o mister disse o que tinha a dizer, ele achou que era o mais certo. O Edu sentiu e ele sabe melhor do que ninguém o que sente e o que consegue ou não dar pela equipa", referiu.
Falando em conferência de imprensa na Cidade do Futebol, o central leonino de 19 anos partilhou que é um sonho de criança ganhar um título pela seleção. "O sonho dos jogadores é conquistar um título pelo nosso país, por isso as ambições são as mesmas desde o primeiro dia e será assim até ao último dia", destacou. Depois de ter ajudado o Sporting B a subir à 2ª Liga -- "foi incrível", notou -- João Muniz sente-se motivado para ajudar Portugal a uma conquista inédita. "Agora o foco está na seleção. Sem dúvida que traz muito mais confiança ter feito uma boa parte final de época mas, sempre que existe uma convocatória, é o momento certo, estando a jogar ou não, pois estamos aqui por mérito. Todos os momentos são perfeitos para estar a representar a seleção, porque estamos a representar o nosso país, temos que dar o nosso máximo e trabalhar para a nossa seleção", reforçou, sem esquecer: "O estágio está a correr bem, o grupo está muito unido e todos aqui acreditamos no potencial de cada um."
Questionado sobre as dificuldades que espera enfrentar no jogo de estreia frente à congénere francesa, Muniz confessou: "No nosso treino, ainda só estamos a focar-nos em nós. Dia a dia, treino a treino, vamos chegar lá". De resto, sobre a França, Geórgia e Polónia, adversários que a equipa das Quinas na primeira fase do Europeu, adiantou: "É um grupo forte porque estamos num campeonato da Europa, onde já não há seleções fracas, porque todas as seleções têm a sua qualidade e competência. Senão, não estariam lá. Não teremos jogos fáceis, mas temos uma grande seleção e, se estivermos no nosso melhor e dermos o nosso máximo, o resultado virá como consequência".
Muniz fez questão ainda de vincar que o Europeu, que se realiza entre 11 e 28 de Junho na Eslováquia, é um palco de excelência. "Não só para mim, como para todos os jogadores, é uma montra absurda, pois é uma das maiores competições a nível futebolístico", sublinhou.
O jogador madeirense, natural da Ribeira Brava, enalteceu que o seu foco é o coletivo. "Se este funcionar, todos os jogadores vão concretizar os seus objetivos pessoais. Todos vieram para aqui com o objetivo de ir ao Campeonato da Europa e, depois, as decisões cabem ao mister. Há uma concorrência saudável, em que rodos querem agarrar o seu lugar e jogar". O jogador não tem dúvidas: "Um título traz história para a Federação e para Portugal. É um sentimento incrível e um feito muito importante na vida de qualquer jogador", rematou.
Na máxima força à partida
No último apronto em solo português, esta sexta-feira de manhã, a seleção nacional de Sub-21 treinou na máxima força, com os 23 eleitos de Rui Jorge sem limitações na sessão de trabalho. A comitiva nacional parte do aeroporto de Lisboa às 14h40, em voo comercial rumo a Viena (Áustria), onde deverá chegar pelas 19h05 locais. Segue-se a viagem de autocarro, de cerca de duas horas e meia, para a cidade de Trencin, na Eslováquia, que será o quartel-general da seleção.