No Hóquei em Patins, dragões resolvem a final em quatro jogos e conquistam o único troféu que lhes escapava frente ao melhor Barcelos dos últimos tempos.

O FC Porto sagrou-se bicampeão nacional ao vencer o OC Barcelos por 3-1 na final do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins 2024/25. Apesar da conquista, a temporada portista foi tudo menos tranquila. A equipa de Ricardo Ares enfrentou duras críticas por parte dos adeptos, sobretudo pela inconsistência exibicional e por ter falhado em momentos importantes, como a perda de vários troféus frente à equipa barcelense. A pressão era evidente, e o título nacional surge como um bálsamo e uma forma de resgatar algum orgulho num ano difícil.

A série começou com um triunfo suado do FC Porto em casa por 4-3, mas os minhotos empataram na segunda partida, com uma vitória por 3-1 após prolongamento, num ambiente fervoroso em Barcelos, a mostrar o porquê de serem os atuais campeões europeus.

No jogo 3, os dragões responderam com a melhor exibição da final, vencendo por 5-3, possivelmente na melhor casa da época no Arena, no que toca ao apoio do público, que se fez sentir nas 4 bancadas.

A decisão chegou no quarto jogo, novamente em solo barcelense, onde o FC Porto venceu por 3-2, com golos de Carlo Di Benedetto e Gonçalo Alves, e uma exibição segura de Xavi Malián a segurar a vantagem até ao fim, derrotando o fator casa da equipa barcelense.

Apesar da derrota na final, o Óquei pode (e deve) sair de cabeça erguida. Realizou provavelmente a melhor época da sua história, conquistando a Supertaça e a tão ambicionada Liga dos Campeões. Liderada por Rui Neto, apresentou um hóquei vibrante, organizado e eficaz, com um plantel jovem que promete continuar a dar cartas no futuro. A justiça nem sempre coincide com o resultado, mas o Barcelos mostrou, ao longo da época, ser uma equipa de elite, aliada a uma massa associativa diferenciada, que em muito valoriza o hóquei português e o melhor campeonato da modalidade.

Já o FC Porto, que até então não tinha conseguido bater o Barcelos em nenhuma das frentes, conseguiu finalmente superar o seu grande carrasco da época — e logo no momento mais importante. Com esta vitória, os azuis e brancos conquistam o 26.º campeonato nacional da sua história, salvando a época e provando que, mesmo sob fogo, continuam a ser uma referência indiscutível no hóquei em patins português, onde a irregularidade exibicional e a inconsistência foram o mote da época até bem perto do fim, onde mais uma vez ficou provado que, o verdadeiro FC Porto, em circunstâncias normais, entra nas finais não a pensar se vai ganhar, mas sim por quantos golos ganha.

Por fim, termina-se este texto, deixando-se referência a André Villas-Boas, e cita-se «dedico esta vitória aos cinco adeptos que foram alvo de uma tentativa de homicídio».