
"Para nós, é um orgulho associarmo-nos à Wings for Life. É uma corrida que já acompanhamos há muitos anos, e sermos convidados a fazer parte é motivo de orgulho para nós. E [logo] pela causa que é, que ainda que não seja a causa direta dos Iron Brothers, está muito ligada ao que fazemos", descreve Miguel, em entrevista à Lusa.
Os irmãos, que têm para 2025 o objetivo de recuperar o recorde do mundo de um 'ironman' (prova de ultradistância de triatlo) em dupla, que já lhes pertenceu, surgem ao lado de figuras do desporto mundial, como Neymar, Armand Duplantis ou Lyndsey Vonn, na lista de embaixadores.
"Ao estarmos ao lado desses nomes é, por um lado, mais um motivo de orgulho, sinal de que estamos a criar uma marca no mundo inteiro com o que fazemos, a causar impacto no mundo inteiro. Haver esse reconhecimento é incrível. Por outro, dá-nos a oportunidade de sermos levados num barco muito maior do que nós", acrescenta.
Miguel, que levou o irmão Pedro, com paralisia cerebral, numa aventura pela inclusão pelo desporto, vê esta parceria como uma possibilidade de "levar mais longe a mensagem e o nome" dos Iron Brothers.
"Para que possamos causar um impacto cada vez maior e ajudar mais pessoas com o que fazemos", atira.
A inclusão "de todas as pessoas com deficiência, no desporto e na sociedade", foi tema que a fundação Wings for Life, cujas receitas revertem para a investigação por uma cura para lesões na espinal medula, reconheceu na dupla.
"Estar na linha da frente, de forma tão visível e presente, mostra que a fundação e a Red Bull têm consciência de que a inclusão só acontece quando se traz para a linha da frente quem a vive no dia a dia", conta.
Os Iron Brothers procuram ainda uma competição para tentar atacar o recorde do mundo, dado o encurtar de provas possíveis no calendário internacional, mas têm já certa a participação no Triton Lisboa, em setembro.
A corrida Wings For Life está marcada para domingo, às 12:00 de Lisboa, com o mote de "correr por aqueles que não podem", depois de uma edição que juntou, em 2024, mais de 265 mil pessoas em todos os continentes, dado que permite que cada inscrito (18 euros) possa completar a corrida onde quiser, desde que a registe numa aplicação móvel dedicada.
A par desta possibilidade universal, em Lisboa decorrerá um encontro, no Parque das Nações, com uma corrida em circuito de 4,5 quilómetros, pelas 12:00.
Sem distância física, os participantes são perseguidos por um carro meta, real ou virtual, que parte 30 minutos depois dos corredores, aumentando de ritmo de hora em hora até alcançar o último em ação.
Até aqui, 11 edições angariaram perto de 52 milhões de euros para a investigação científica, com Tomoya Watanabe ou Dominika Stelmach como campeões em 2024.
SIF // JP
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