
Na Amoreira vive-se um casamento perfeito: Jordan Holsgrove já havia deixado boa impressão na época passada ao serviço do Estoril e confirmou-a na segunda temporada, após um regresso pontual ao Olympiakos, no verão. Nada que surpreenda Tony, antigo futebolista, hoje treinador, que em 2022/2023 orientou, enquanto adjunto, o médio no Paços de Ferreira e, a A BOLA, apenas dedica elogios ao antigo pupilo.
«O Jordan é um miúdo muito simples e educado, com uma educação à britânica. Não é um jogador que goste de muito blim blim nem é extravagante, é muito intenso dentro de campo, com facilidade em ter bola. É muito introvertido fora de campo, mas lá dentro foi sempre um jogador que nunca se escondeu. Uma excelente qualidade técnica e um pé esquerdo como há poucos em Portugal», definiu o técnico de 44 anos.
Tony mostra-se agradado com o aproveitamento de Holsgrove no Estoril e descreve as suas características. «É um jogador que se adapta facilmente a qualquer posição do meio-campo devido à sua inteligência - pode jogar num triângulo, 2+1 ou 1+2, em qualquer posição», explica, não mostrando dúvidas de que está apontado a exigências maiores.
«Penso que o Jordan ganharia mais em elevar o seu nível competitivo em ir para um clube em outros patamares: um Vitória de Guimarães, um SC Braga ou talvez um grande», opina o antigo lateral direito, que até elege o emblema ideal para Holsgrove explanar as suas qualidades:
«Neste momento, devido ao seu ADN e conhecendo eu bem o treinador [Rui Borges], ele encaixaria muito bem no plantel do Sporting porque é uma equipa que assume o jogo e o Jordan tem essa capacidade», antevê, confiante sobre as potencialidades do médio estorilista com quem trabalhou na Capital do Móvel, que lhe permitirão um dia dar o salto para um emblema com outras ambições.