Depois de 17 anos de carreira a nível sénior, Ângelo Girão anunciou, recentemente, que irá deixar as quadras de hóquei em patins, aos 35 anos. Mas o final de carreira do histórico guarda-redes português chegou mais depressa do que o previsto.

Em entrevista à Lusa, Girão revelou que a decisão foi motivada pela não renovação do contrato por parte do Sporting, clube que representou nos últimos 11 anos. «Eu acabo a carreira por não me renovarem o contrato. A minha ideia era continuar a jogar no Sporting, não acabei só porque quis acabar. Queria continuar ligado ao Sporting, mas não houve essa possibilidade», assumiu.

«Acontece a toda a gente, faz parte do mundo do desporto e aceito isso sem problema nenhum. É um ciclo que acaba e outro que começa», explicou.

Girão, que se despediu da competição após a eliminação nas meias-finais do campeonato frente ao FC Porto, admitiu que ainda tinha intenção de jogar mais dois ou três anos. «Não me foi possível continuar neste clube pelo qual eu dei tanto e quis tanto que chegasse ao topo. Tive algumas propostas e têm sido uns dias muito engraçados em relação a essa parte, mas, neste momento, tenho a minha vida extra-hóquei cá em Lisboa», justificou, realçando que, por agora, vai ficar afastado da modalidade.

«O hóquei em patins vai ter de ficar para segundo plano, com muita pena minha e mágoa. Fecha-se esta porta, mas a minha vida empresarial e laboral vai começar agora noutros lados», confessou.

Apesar disto, o internacional português (122 internacionalizações) não descarta regressar ao hóquei no futuro: «Neste momento, o Sporting está fora de hipótese para eu continuar, mas no futuro não abro mão de, noutro lugar, poder abraçar qualquer projeto ligado ao hóquei em patins.»

Com passagens por FC Porto, AA Espinho e Valongo, Girão fez história no Sporting, onde venceu, entre outros títulos, três Ligas dos Campeões, dois campeonatos nacionais e um Mundial e um Europeu ao serviço da seleção portuguesa.