
Pelo menos cinco pessoas morreram esta segunda-feira, na sequência de um tiroteio ocorrido num edifício de escritórios na Park Avenue, na zona de Midtown, Manhattan, centro de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Além de importantes empresas financeiras, o arranha-céus alberga também a NFL, havendo relatos de um funcionário da liga de futebol americano gravemente ferido.
Segundo a chefe da polícia, Jessica Tisch, o atirador saiu de um BMW mal estacionado, caminhou em direção à entrada do edifício com uma espingarda M4 e matou pelo menos quatro pessoas, incluindo um polícia.
Funcionários da NFL abrigam-se
O suspeito deixou uma mulher sair ilesa do elevador e seguiu para o 33.º andar, onde se localiza o escritório da empresa Rudin Management, e nesse piso assassinou uma mulher.
As pessoas que se encontravam no prédio receberam um alerta de segurança que dizia: «Não saiam do edifício. Protejam o local onde se encontram e escondam-se até que a polícia tenha evacuado o vosso andar. Silenciem os vossos telemóveis.»
Funcionário da NFL gravemente ferido
O comissário da NFL, Roger Goodell, informou que um funcionário «ficou gravemente ferido neste ataque». «Está atualmente hospitalizado e em condição estável», revelou através de uma carta, acrescentando: «O pessoal da NFL está no hospital e estamos a apoiar a sua família.»
Segundo a mesma fonte, os restantes funcionário da NFL — cujos escritórios se localizam nos 5.º, 6.º, 7.º e 8.º andares — escaparam ilesos.
Roger Goodell agradeceu aos serviços de emergência pela intervenção rápida e eficaz, e garantiu mais segurança no edifício nos próximos tempos. «Cada um de vocês é um membro valioso da família NFL. Vamos ultrapassar isto juntos», lia-se ainda.
Problemas mentais
O atirador foi identificado como Shane Tamura, de 27 anos, de Las Vegas, e terá agido sozinho. Segundo a comunicação social norte-americana, tinha um «histórico registado de doença mental». Nos últimos dias, viajou do seu estado natal, o Nevada, passando por Colorado, Nebraska e Iowa, pelo Distrito de Columbia e Nova Jersey, até Nova Iorque. Chegou lá na segunda-feira à tarde. No carro do suspeito, foram encontrados, entre outros objetos, um revólver e mais munições.
Nada se sabe sobre o motivo do atirador. Morreu devido a um ferimento de bala, segundo a chefe da polícia, presumivelmente autoinfligido.
Situação de pânico
A testemunha Jessica Chen contou à ABC News que «ouviu vários tiros disparados rapidamente a partir do primeiro andar». «Ficámos mesmo muito assustados», acrescentou. Também enviou mensagens aos seus pais a dizer que os amava. Outro funcionário do edifício descreveu-o como «pânico generalizado».
Segundo a CNN, este é o 254.º tiroteio em massa este ano nos Estados Unidos. Considera-se um tiroteio em massa quando há quatro ou mais vítimas, sem contar com o atirador.