
O canoísta Fernando Pimenta lamentou hoje ter falhado o pódio mundial em K1 500 e K1 5.000 metros, contudo fez um "balanço positivo" do desempenho da seleção portuguesa em Milão, com três medalhas e um reforçado espírito de equipa.
"Faço também um balanço positivo por causa da prestação dos meus colegas que conseguiram ser campeões do mundo no K4 500 metros, com o João Ribeiro e o Messias Baptista a conseguirem ainda ser vice-campeões do mundo em K2 500. Isso, sem dúvida, que faz de nós uma das potências da canoagem mundial", regozijou-se em declarações à Lusa.
O limiano referia-se ao K4 que inclui ainda os estreantes Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha, bem como ao seu próprio bronze em K1 1.000, igualmente distância olímpica.
"Neste momento, quando passam por nós, em todas as seleções se nota um olhar diferente daquilo que se via antigamente. É essa a imagem que a canoagem dá", reforçou.
De resto, o canoísta luso valorizou o ambiente que se vive na seleção.
"Aquilo que ganhámos não foi só as medalhas, foi o espírito de equipa. Um espírito de felicidade, união e entreajuda. Claro que temos as nossas rivalidades internas, porque queremos todos ser melhores em termos individuais, mas isso também se transpõe para a água quando trabalhamos em barcos de equipa nos quais conseguimos excelentes resultados", confessou.
O desportista de 36 anos garante que, com esta realidade, "os resultados aparecem normalmente" e ajudam a canoagem a reforçar "o papel importantíssimo que tem no desporto nacional".
Para que a modalidade persista na elite portuguesa em termos de desempenhos internacionais, Pimenta pediu "merecidos apoios para os mais novos", considerando que os mesmos são vitais para que estes "continuem a sonhar" e persistam no investimento numa carreira desportiva no alto rendimento.