Dolores Silva, capitã da Seleção Nacional feminina que defronta quinta-feira (20h00) a Espanha no pontapé de saída das duas seleções no Europeu que se disputa na Suíça, manifestou a sua confiança no embate com as campeãs mundiais.

"Independentemente das jogadoras espanholas que vão para campo, sabemos da qualidade de todas elas, das dificuldades que tivemos [nos jogos anteriores], mas sabemos da nossa valia e procuraremos competir de forma diferente", defendeu a centrocampista do Sp. Braga, quando confrontada com os onze golos sofridos nos dois embate anteriores com Espanha (derrotas por 4-2 e por 7-1), sustentando: "A motivação tem que estar no máximo, é um Europeu, sabemos que vamos defrontar a melhor seleção do mundo, mas é para isso que cá estamos, para jogar com as melhores, corrigir e dar o melhor em campo, espero que junto de muitos portugueses."

A jogadora de 33 anos afiança a mesma disponibilidade, empenho e atitude da primeira participação de Portugal num Europeu. "Parto da mesma maneira do que em 2017, orgulho enorme, muito feliz por poder estar numa fase final de um Europeu e por poder contribuir crescimento para o futebol feminino", que viu quintuplicar o valor dos prémios desde essa altura, o que satisfaz a capitã: "É o cumprir de um sonho, em 2017 abrimos portas e, na Europa, está-se cada vez mais a trabalhar ao mais alto nível, fruto do nosso trabalho, dedicação e da forma como as pessoas olham para nós nesta altura."

Desafiada pelos espanhóis a pronunciar-se sobre a importância da provável ausência de Aitana Bonmatí, Dolores Silva não desarmou: "Dá igual, com todo o respeito. É a melhor jogadora do mundo, mas Espanha tem muitas boas jogadoras e vão dar o seu melhor, temos de fazer o mesmo." E qual a fórmula para seguir até aos quartos? "Máxima responsabilidade, máxima concentração. No Mundial, foi por pouco, um poste, vamos fazer por no terceiro jogo dependermos só de nós e conseguirmos esse apuramento."