
Os assentos da nova direção da Liga Portugal estão por ocupar. Tal como Record adiantou no último sábado, os clubes não chegaram a um consenso relativamente ao nome da sociedade que ocupará a última vaga em aberto, pelo que, pela primeira vez na história do organismo, a decisão será feita por sorteio.
A saber. A composição da direção é feita por cinco clubes da 1.a Liga e três da 2a. Ora, com Marítimo, Leixões e Feirense como representantes do segundo escalão, o diferendo acontece ao nível da Liga Betclic, onde Sporting, Benfica e FC Porto, por inerência, têm já um entendimento sobre a presença do V. Guimarães, restando ocupar o último posto. É aqui que a visão dos grandes difere. Os leões apoiam a inclusão do Santa Clara, o Benfica do E. Amadora e o FC Porto a integração do Sp. Braga. Numa fase inicial, diga-se, houve já alguma resistência para a inclusão do V. Guimarães, nomeadamente da parte do Sporting, mas o clubes acabaram por chegar a acordo, o mesmo não acontecendo no braço de ferro que se verifica relativamente à última vaga.
Até ao momento, este processo tinha passado por uma articulação prévia, anterior e fora do âmbito do processo de eleição, como que informal, de forma a evitar qualquer impasse na eleição, o que não acontece neste caso. Sinal de uma divisão entre os três grandes que, deste modo, será ultrapassada com o recurso a um processo de sorteio envolvendo as três sociedades propostas. A este propósito importa notar que, por imperativo estatutário, os três grandes têm uma vaga crónica na direção da Liga Portugal, uma vez que, das cinco sociedades da 1.ª Liga, três delas "são aquelas que ficarem classificadas nos três primeiros lugares, obtidos pela média das últimas quatros épocas desportivas anteriores", sendo que são estas que elegem, por maioria, as restantes duas.
De notar que este é considerado um dos mandatos mais importantes de sempre da história do futebol português, pelo facto de abranger dossiês críticos como o processo de centralização dos direitos televisivos.