
Conheça as principais recomendações (baseadas em regras já existentes e não em alterações produzidas pelo Internatinal Board):
Simulações de penálti
Os árbitros, e sobretudo os videoárbitros, deverão estar atentos aos lances em que o atacante provoca deliberadamente o contacto do defesa que possa levar a posterior queda na área. Dada a dificuldade de leitura da situação em tempo real, o VAR deve chamar o árbitro sempre que verificar uma situação destas
Imprudência na perseguição
Quando os defesas, mesmo que involuntariamente e apenas por imprudência, provoquem, com a sua perseguição a um atacante, a queda deste deve ser assinalado livre direto, penálti se for dentro da área. Neste caso, por se tratar apenas de imprudência e falta de precaução na abordagem ao lance, o defensor não deve ser sancionado com cartão amarelo. (Nota: o cartão amarelo deve ser empregue em casos de negligência, quando não são medidas as possíveis consequências de uma ação sobre o adversário; o cartão vermelho em caso de força excessiva ou brutalidade, quando uma abordagem ao lance corre o risco de lesionar seriamente um adversário)
«Jogar a bola primeiro»
Nem sempre «chegar primeiro à bola» iliba um defensor do cometimento de uma falta. Se a abordagem ao lance for acima do nível de imprudência (negligência ou força excessiva), a falta deve ser assinalada.
Apitar para intervalo ou final «com sensatez»
Os árbitros não devem terminar a primeira ou a segunda parte de um jogo sempre que houver perspetiva de uma jogada relevante. Devem ter a sensatez de esperar por uma bola «morta a meio-campo» ou o final de uma jogada. Se, por exemplo, houver um livre perigoso ou canto assinalado ainda dentro do tempo de compensação, nem que por um segundo, o árbitro deve deixar que seja marcado, mesmo que entretanto se tenha esgotado o tempo legal.
Descontos sobre os descontos
Os árbitros não devem hesitar, sempre que houver motivo para tal, em aplicar compensações sobre o tempo de compensação inicialmente estipulado. Recomenda-se que a informação seja passada aos capitães de equipa.
Início/reinício de jogo
Devem evitar-se os atrasos no início ou no reinício dos jogos. No caso dos intervalos, a equipa de arbitragem deve regressar ao relvado 13 minutos após o final da primeira parte, mesmo que nenhuma das equipas lá esteja. Os capitães devem ser questionados sobre os motivos dos atrasos e o árbitro deve deixar claro que fará menção do facto no relatório de jogo.
Barreiras em livres
É pedida especial atenção à distância das barreiras face ao local onde a bola é reposta em livres. A distância correta são 9,15m. Os erros detetados são-no quase sempre por defeito (mais perto do que devia) e só muito raramente por excesso. Cada árbitro deve conhecer bem a sua métrica para efetuar esta medida com passos. Deve, ainda, ter atenção à obrigatoriedade de os adversários estarem a pelo menos um metro dos elementos da barreira.
Assistências médicas
A entrada das equipas médicas em campo deve servir para avaliação da lesão e nunca para tratamento (a não ser nas exceções previstas — choque entre guarda-redes e jogador de campo; jogador que se lesiona em lance que origina cartão para o adversário e a assistência é rápida; lesão de um guarda-redes; lesão de um jogador que a seguir vá executar um penálti; choque entre jogadores da mesma equipa). O árbitro deve permitir essa avaliação e perceber, com o jogador e os elementos da equipa médica, se é mais rápido sair pelo próprio pé ou de maca, a fim de recomeçar o jogo o mais rapidamente possível.
Comportamento dos bancos
É pedido às equipas de arbitragem que tenham tolerância zero para atos de ofensa ou protestos exagerados nos bancos de suplentes e, sobretudo, nos bancos suplementares. A reação emotiva é tolerada pela natureza do momento do jogo, mas a partir do momento em que haja ofensas, gestos ostensivos ou maus-tratos exige-se ação disciplinar.
Meias rasgadas
A moda das meias propositadamente rasgadas ou rotas parece ter os dias contados. Os árbitros receberam indicações para não permitirem a entrada de jogadores em campo com equipamento danificado, avaliando a situação no túnel, e aos quartos árbitros foi pedida atenção no momento das substituições
Foras de jogo inócuos
Se um árbitro assistente assinalar posição irregular numa jogada em que seja claro não haver consequências e a posse de bola fique com a equipa que defende, o árbitro não deve parar o jogo, dentro do espírito da lei da vantagem
Foras de jogo claros
O receio dos vereditos do VAR tem feito com que os árbitros assistentes deixem as jogadas chegar ao fim para assinalarem foras de jogo. Isto é correto, mas apenas em casos que suscitem dúvida. Se o fora de jogo é claro e inequívoco deve ser assinalado imediatamente.
Só fala o capitão e ponto final
Os árbitros devem ser rigorosos na aplicação desta regra, que já vem da temporada passada mas nem sempre terá sido levada em conta. O capitão de equipa (ou o jogador de campo indicado caso o capitão seja o guarda-redes) é o único jogador que pode interpelar o árbitro para esclarecimento de dúvidas. Os árbitros devem ser peremptórios na aplicação de linguagem gestual que indique isto aos atletas e devem mostrar cartões em caso de insistência.
Bola ao solo
Quando há lugar a reatamento do jogo por bola ao solo a prática comum é entregá-la à equipa que a tiver tocado pela última vez; se, no entanto, for claro que quando jogo é interrompido a posse de bola ia mudar, então deve entregar-se a bola à equipa que ia ficar com ela
Fora de jogo com passe do guarda-redes
O momento certo para análise dos foras de jogo é o primeiro contacto com a bola do atacante que efetua o passe; porém, se esse passe for feito pelo guarda-redes com as mãos, o momento a avaliar é aquele em que ele larga efetivamente a bola, e não quando inicia o movimento para o arremesso
8 segundos e árbitro a contá-los
A famosa regra dos seis segundos como tempo máximo de retenção da bola nas mãos por parte dos guarda-redes revelou-se pouco eficaz e pouco seguida. A partir desta época, os guarda-redes terão oito segundos para a repor em jogo. Os segundos contam a partir do momento em que não haja oposição deliberada de um adversário. Os árbitros têm indicação para fazerem a contagem dos últimos cinco segundos de forma visível e percetível, baixando e levantando o braço e mostrando com os dedos os segundos que faltam. Se eles se esgotarem, é assinalado pontapé de canto a favor da outra equipa. À terceira prevaricação o guarda-redes verá cartão amarelo.
O duplo toque num penálti
No caso em que um jogador, acidentalmente, tocar duas vezes na bola na execução de um penálti e a bola entrar, o penálti deve ser repetido; se falhar esse remate assinala-se livre indireto, como sucedia até aqui em qualquer situação