No primeiro ano de projeto, a equipa feminina do FC Porto garantiu a subida à II Divisão Nacional e, na manhã deste domingo, deu um grande passo rumo ao título de campeão da III Divisão, após vitória por 4-1 diante do Real SC. Em declarações ao zerozero, Daniel Chaves falou do foco que existe no balneário.

Análise ao encontro: «Fica um bom jogo nosso. Queríamos levar a vantagem do Dragão para a segunda eliminatória e conseguimos. Houve uma entrada muito forte nossa, fizemos um golo cedo. A partir daí conseguimos explorar também algumas debilidades que sentimos que o Real SC tinha. Na segunda parte, acabámos por sofrer um golo de livre, numa bola bombeada para a nossa área, mas reagimos muito bem, conseguimos fazer o 4-1. E, a partir daí, entrámos quase numa gestão automática, do calor que estava e do próprio resultado estar confortável para nós.»

Um dos jogos mais difíceis da temporada? «Sentimos claramente isso. O Real SC é uma equipa forte individualmente. Fizeram um investimento claro para a II Divisão. As jogadores são muito físicas, procuravam muito o duelo e muito jogo na velocidade. Estamos precavidos para isso, mas, ainda assim, contámos com muitas dificuldades até nos adaptarmos realmente ao que é o jogo delas.»

Espaço para gestão na segunda mão? «Numa final, não há tempo para gestão. Vamos encarar o jogo como se estivesse 0-0 na eliminatória. É assim que vamos fazer para não deslizarmos e não cometermos o erro de pensar que está tudo o ganho. O primeiro passo para se escorregar é pensar que as coisas estão feitas. Ainda há um segundo jogo para fazer, 90 minutos para jogarmos e é dessa forma que vamos encarar.

Contamos também com o apoio dos adeptos, e já agora, agradeço também a presença deles aqui, mais uma vez. Ter um jogo de III Divisão com quase 15 mil adeptos, Só mostra que realmente estamos no melhor clube do mundo e é dessa forma também que precisamos do apoio deles para a segunda mão.»

À conversa com o zerozero, Ema Gonçalves - defesa de 23 anos - transpareceu o mesmo sentimento do treinador.

Sentimento após vitória: «O sentimento que fica é que faltam 90 minutos. Acho que foi um jogo bem disputado. Na primeira parte, conseguimos criar logo uma boa vantagem. Na segunda parte, se calhar, não conseguimos criar tanto. Não é sinal de abrandar, mas controlar um bocadinho mais a posse da bola. Acabámos por sofrer um golo de bola parada. Claramente, não era o que queríamos, mas acontece no futebol. Bolas paradas são 50/50. Ainda assim, reagimos, conseguimos voltar bem ao jogo e, no final, conseguimos a vitória, é o que importa.»

Defesa pressionante do Real SC: «Nós já estávamos à espera. Analisámos o adversário. Sabemos que elas são duras e pressionam em cima. Não é uma equipa fácil de jogar contra, mas também viemos bem preparadas para isso.»

14 mil adeptos no Estádio do Dragão: «É de deixar agradecimento ao adepto portista, o melhor adepto de Portugal e nós não contarmos com menos que isso.»