Declarações do técnico Carlos Vicens na véspera de o Sp. Braga defrontar o Lincoln, num jogo a contar para a 1.ª mão do playoff de acesso à fase regular da Liga Europa.

Eliminatória com o Lincoln

"É uma eliminatória que temos de começar a vencer já a partir de amanhã. É a última eliminatória e abre-nos as portas para o que queremos, que é estar na fase de grupos da Liga Europa. Vamos ter um adversário pela frente com experiência neste tipo de jogos, com jogadores com uma trajetória menos conhecida, mas com capacidade de gestão, anos de experiência e muito habituados em conquistar títulos em Gibraltar. Chegou onde chegou por ter feito o que fez. Não chegou aqui sem ser capaz de fazer muitas coisas boas e o exemplo que temos é o do Noha [último adversário], em que foram capazes de sofrer, de defender bem e, como em tudo, tiveram alguma sorte, também faz parte. Vamos com a mentalidade de fazer um grande jogo e com a intenção de ganhar. É com essa ambição, de ganhar, que vamos enfrentar o jogo de amanhã."

Jogo em Portugal. É como jogar em casa?  

"Não, não vamos jogar em casa. Vamos jogar no Algarve, onde não jogamos habitualmente. Vamos jogar em Portugal, com boas condições, mas não jogamos em casa. Foi muito bom ter 900 pessoas em Alverca, foi um orgulho poder oferecer-lhes a vitória, pois é para isso que trabalhamos".

"Resultados ajudam a ter confiança"

"Estamos num processo de construir uma equipa com ideias de um treinador novo. Isso leva tempo, mas é mais fácil quando os resultados são positivos. Isso ajuda a equipa a ter confiança, tranquilidade e estamos contentes. No entanto, sabemos que temos coisas a melhorar. O processo começou há dois meses, mas tem de nos levar muito mais longe, trabalhando com um nível de autoexigência máximo. Vamos, sempre, tentar melhorar."

Pode haver algum deslumbramento?

"Zero risco de deslumbramento. Os jogadores sabem como enfrentar o dia a dia. Para nós é como uma final com dois jogos. Temos falado suficientemente à equipa para melhorar e sobre as dificuldades que o adversário, tanto amanhã como no segundo jogo."

Foi mais fácil do que esperava este desafio da carreira?

"Não sei se foi mais fácil ou não. Vínhamos com ideias claras sobre a pré-época por causa do calendário que íamos ter, mas o nível de compromisso, responsabilidade e de estarem presentes para as nossas ideias é máximo por parte dos jogadores. Mas, o processo leva tempo e não podemos esperar que ao fim de dois meses e cinco jogos esteja tudo feito. Porém, o esforço e energia estão no caminho certo."

Gharbi terá manifestado vontade de sair. Conta com o jogador?

"É um jogador com que conto. Estou muito satisfeito com o plantel que temos, estão todos a trabalhar muito bem a tentar apreender as ideias que trouxemos e o Gharbi não é diferente. É verdade que, por algumas circunstâncias, ele tem participado mais em alguns jogos e menos em outros, não viajou com a equipa no último jogo porque o nível de exigência é muito alto, mas conto com ele. Tem trabalhado muito bem, tem enorme qualidade e dá-nos muito."