
Miguel Baptista Santos, adepto do Sporting, denunciou, através de uma publicação na rede social X, excessos da polícia de intervenção no Jamor, antes do início da final da Taça de Portugal, entre Benfica e Sporting, no domingo. Revelou ainda que, apesar de ter bilhete para entrar no estádio, acabou por nem sequer entrar, tendo, inclusivamente, necessidade de receber assistência médica no local.
Eu, o Miguel, estava na fila como milhares de sportinguistas e só queria o bem de todos. Ao abrir espaço para uma senhora que se estava a sentir mal e onde eu estava a tentar abrir espaço para que ela passasse à frente, toquei num dito policia onde nem a cor dos olhos se vê e cacetete. São cobardes e abriram me a cabeça, calhou me a mim mas podia ter sido a uma criança, a um idoso ou à mulher que eu estava a tentar ajudar, para mim desconhecida mas uma vida e alguém por quem devemos sempre zelar. Uns pelos outros. O bilhete que me permitia entrar está aqui, com os restos da "festa da taça". A semana passada o Bernardo, hoje eu e amanhã podes ser tu, muda e bate com o pé.
A PSP (Polícia de segurança pública) não faz jus ao nome. Não precisamos de polícia que ataca, precisamos de polícia que protege. Não precisamos de guerra nas ruas, precisamos de festa nas bancadas. A rivalidade não pode ser desculpa para violência», pode ler-se na publicação.
Já na semana passada, Bernardo Topa, também adepto do Sporting, perdeu a visão num olho depois de ter sido atingido por balas de borracha disparadas pela PSP na zona do Saldanha, após a festa do bicampeonato no Marquês de Pombal.