Com Andrea Dovizioso a observar de perto os problemas da Yamaha este fim de semana em Mugello, Fabio Quartararo confirmou aquilo que há muito se suspeita: os problemas da M1 não são apenas técnicos — são também imprevisíveis.

‘Os problemas que temos já os conhecemos há muito tempo’, afirmou o francês. ‘Mas quando fazemos treinos, a coisa até parece aceitável. Fazemos cinco voltas, paramos, fazemos mais cinco. Mas o comportamento da moto muda muito quando o pneu aquece.’

Segundo Quartararo, o melhor momento do fim de semana foi logo no primeiro treino. ‘A melhor sensação que tive foi no FP1, com pneu usado. Mas assim que o pneu aquece um pouco mais do que o esperado, o comportamento da moto muda completamente. É muito, muito estranho.’

Sobre o final da corrida, revelou ter preferido abrandar a atacar. ‘Claro que vi o Miguel até à meta. Mas fisicamente já não tinha força. Nas últimas seis voltas estava a rodar em 1m49s. Preferi abrandar, porque já nem conseguia travar em condições.’

Esta incapacidade física não decorre apenas da lesão no ombro, mas também do esforço exigido pela moto. ‘A moto é muito pesada e desgasta-nos. E quando já não consegues travar bem, não vale a pena arriscar. Foi o que senti hoje.’