
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está hoje na cidade dinamarquesa de Arhus para o arranque oficial da presidência rotativa da União Europeia (UE) ocupada pela Dinamarca, com promessas de ajuda ao país na adesão ao bloco comunitário.
"A primeira-ministra [da Dinamarca], Mette Frederiksen, recebe em Arhus o presidente do Conselho Europeu, António Costa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Aqui, discutirão a forma como a presidência dinamarquesa da UE pode apoiar a Ucrânia, nomeadamente o caminho do país para a adesão à UE", indicou o Governo de Copenhaga em comunicado.
No comunicado, Mette Frederiksen vincou: "A Ucrânia pertence à União Europeia. É do interesse da Dinamarca e da Europa e, por isso, a presidência dinamarquesa da UE fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar a Ucrânia na sua caminhada para a adesão".
Além disso, o aumento do apoio militar a Kiev, a cooperação com a indústria de defesa ucraniana e as novas sanções contra a Rússia serão temas hoje abordados.
A Dinamarca assume desde terça-feira a presidência rotativa do Conselho da UE, que se estenderá até ao final do ano. O país sucede à Polónia, que assumiu a presidência no primeiro semestre deste ano, e será depois seguido por Chipre no início de 2026.
Numa altura de incerteza, promovida pelos vários conflitos em curso e pela concorrência estratégica e económica global, Copenhaga quer garantir que o bloco comunitário é capaz de agir de forma autónoma e quer torná-lo mais seguro e mais "verde".
Hoje de manhã, em declarações em Arhus a jornalistas europeus, incluindo da Lusa, durante a viagem para a imprensa europeia organizada pela presidência do Conselho, a ministra dos Assuntos Europeus da Dinamarca, Marie Bjerre, garantiu que Copenhaga é "grande apoiante" de Kiev.
"Se tivermos de os apoiar mais, vamos fazê-lo. Temos de fazer tudo o que pudermos para apoiarmos a Ucrânia" face à invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, sublinhou a ministra.
Quanto ao processo de alargamento do bloco à Ucrânia, após o país ter obtido o estatuto de país candidato há três anos, Marie Bjerre apontou a "ambição ucraniana de abrir todos os capítulos [no processo de alargamento] este ano".
"Eles estão preparados, estão a fazer as reformas e, por isso, partilhamos dessa ambição", concluiu.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE concedeu quase 160 mil milhões de euros a Kiev.
A UE também tem avançado com pesadas sanções contra a Rússia, nomeadamente económicas ou diplomáticas visando milhares de pessoas e entidades, com a proibição de viajar para o espaço do bloco europeu, o congelamento de bens e a indisponibilidade de acesso a fundos que provenham do espaço comunitário.