A capital norte-americana, Washington D.C., vai receber a 14 de junho o primeiro desfile militar em 34 anos, com tanques e helicópteros para celebrar 250 anos do Exército, na data também do aniversário do Presidente Donald Trump.

O porta-voz do exército, Steve Warren, afirmou hoje que dezenas de tanques estarão no desfile, incluindo 28 M1A1 Abrams, 28 veículos de combate Bradley e 50 helicópteros de combate.

O custo total do desfile, para "contar a história do exército através da história", está estimado em 45 milhões de dólares (39,7 milhões de euros), incluindo um espetáculo de fogo de artifício "espetacular", disse o porta-voz.

"Começará com a Guerra da Independência e passará pelos grandes conflitos... terminando na atualidade", acrescentou.

O Presidente republicano celebra a 14 de junho o seu 79º aniversário.

A última grande parada militar nos Estados Unidos teve lugar em Washington, em 1991, para celebrar o fim da Guerra do Golfo.

As ruas de Washington serão protegidas por grandes barreiras metálicas para deixar passar os tanques.

Estão previstas para o mesmo dia manifestações contra o desfile, que alguns criticaram fortemente como uma manifestação digna de um regime autoritário.

O presidente da câmara da capital manifestou a sua preocupação com os tanques, afirmando que vê-los a circular nas ruas da capital "não seria bom".

"Se são utilizados tanques militares, também deveríamos estar a receber milhões de dólares para reparar as estradas", afirmou Muriel Bowser.

O exército afirmou que placas de metal protegeriam as ruas e que assumiria a responsabilidade por quaisquer danos.

No final do desfile, os pára-quedistas do exército entregarão a Donald Trump, Presidente e chefe das forças armadas, uma bandeira norte-americana.

Durante o seu primeiro mandato, o Presidente norte-americano gabou publicamente o desfile de 14 de julho em Paris, para o qual o seu homólogo francês Emmanuel Macron o convidou em 2017, e manifestou intenção de realizar um em Washington, D.C.