O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, manifestou esperança de "avanços concretos" na segunda ronda de negociações diretas entre Moscovo e Kiev, realizada hoje em Istambul, para tentar alcançar um acordo que termine com o conflito na Ucrânia.

"A nossa esperança é que as reuniões sejam produtivas, que os avanços concretos sejam alcançados o mais rapidamente possível e que os resultados desejados sejam alcançados", disse o chefe da diplomacia turca, antes do início da reunião, reconhecendo que estes encontros são importantes para reduzir as tensões entre as partes e lançar as bases para a paz.

Fidan expressou ainda o desejo de que as partes cheguem a novos acordos para a libertação de prisioneiros de guerra.

"A determinação (do Presidente dos Estados Unidos, Donald) Trump em alcançar a paz representa uma oportunidade", observou o ministro turco, acrescentando que um possível encontro entre os líderes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, será discutido na reunião de hoje.

A delegação ucraniana é chefiada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, que liderou a equipa de Kiev na primeira ronda de negociações realizada a 16 de maio, também em Istambul, enquanto a delegação russa é liderada pelo conselheiro presidencial Vladimir Medinsky.

Espera-se que as duas partes concordem com um documento que estabeleça as condições para um compromisso de um cessar-fogo, embora Zelensky tenha indicado, no domingo, que outras questões decorrentes do conflito também serão discutidas nesta segunda reunião.

A reunião acontece um dia depois da morte de 12 soldados ucranianos num ataque russo a um centro de treinos na província de Sumy, no nordeste do país, e depois de Kiev ter lançado um ataque em grande escala a vários aeródromos russos que albergavam elementos da "aviação estratégica" de Moscovo.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.