No domingo, o porta-voz do Ministério do Interior sírio, Nuredin al-Baba, atribuiu, em conferência de imprensa, a responsabilidade pelo atentado ao grupo extremista Estado Islâmico, ocorrido durante a celebração de uma missa naquela igreja, da vertente ortodoxa grega.

O balanço anterior do número de vítimas do atentado era de 20 mortos e 52 feridos.

As autoridades sírias precisaram que o agressor entrou na igreja, no bairro de Duweila, abriu fogo e depois acionou um colete com explosivos.

A comunidade internacional condenou o atentado, mostrando disponibilidade em colaborar com as novas autoridades de transição na luta contra o terrorismo extremista islâmico.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio referiu que o atentado suicida contra a igreja em Damasco teve como objetivo "minar a coexistência" no país, enquanto o patriarcado ortodoxo apelou às autoridades para que assumam "toda a responsabilidade".

Este "ato criminoso contra os fiéis cristãos é uma tentativa desesperada de minar a coexistência nacional e desestabilizar o país", afirmou a diplomacia síria, atualmente liderado por um governo de transição.

Trata-se do primeiro atentado deste tipo na capital da Síria desde que uma coligação liderada pelo grupo radical islâmico sunita Hayat Tahrir al-Sham (HTS) derrubou o regime do ex-presidente Bashar al-Assad, a 08 de dezembro. Desde então, a segurança é um dos maiores desafios para as novas autoridades.

Numa publicação na rede social Facebook, o patriarcado ortodoxo de Damasco reagiu aos acontecimentos, condenou o ataque e instou as novas autoridades sírias a "assumir total responsabilidade pelo que aconteceu e continua a acontecer em relação à inviolabilidade das igrejas e à proteção de todos os cidadãos" do país.

 

JSD (JMF) // EJ

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