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O momento insólito aconteceu no final da cimeira dos 75 anos da NATO em Washington. "Senhoras e senhores, Presidente Putin", disse Joe Biden, referindo-se porém ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

"E agora quero passar a palavra ao Presidente da Ucrânia, que tem tanta coragem como determinação. Senhoras e senhores, Presidente Putin", anunciou o líder democrata de 81 anos, que se afastou do microfone antes de se aperceber do engano.

Mas depressa voltou ao microfone: "Ele vai derrotar o Presidente Putin, o Presidente Zelensky. Estou tão concentrado em derrotar Putin". Zelenzky também reagiu com naturalidade ao engano, dizendo: “Sou melhor”.

O engano não teria tamanha projeção mundial - depressa se tornou viral - se a recandidatura de Joe Biden não estivesse sobre pressão após o debate com o adversário Donald Trump.

Aliás, os seus adversários republicanos depressa começaram a divulgar o vídeo do momento nas redes sociais.

Saliente-se que, nos últimos dias, tem sido notícia a preocupação no seio do Partido Democrata, e mais recentemente até conhecidos atores como Geogre Clooney e Michael Douglas vieram a público apelar a que Biden desista.

Biden deveria desistir para Harris

Na mesma noite em que Joe Biden voltou a ser notícia mundial, a estação televisiva ABC News e o jornal The Washington Post revelaram os resultados de uma sondagem que indica que apenas 30% dos eleitores acreditam que Biden deveria permanecer na corrida eleitoral.

Apenas 42% dos eleitores democratas acreditam que Biden deve permanecer na corrida eleitoral, enquanto mais de 70% dos eleitores independentes - que podem ser uma peça essencial para ganhar a Casa Branca - acreditam que Biden deve desistir e dar lugar à vice-Presidente Kamala Harris, como candidata presidencial.

A sondagem indica ainda que a intenção de voto a nível nacional permanece igual - com 46% tanto para Biden como para o candidato republicano Donald Trump - enquanto num hipotético confronto entre Harris e Trump, a atual vice-Presidente obteria 49% dos votos contra 47%.

A sondagem foi realizada entre 5 e 9 de julho (já depois do debate televisivo) com mais de 2.400 adultos norte-americanos e com uma margem de erro de 2%.