No ano passado o Reino Unido tinha registado um saldo migratório recorde de 764.000 pessoas no ano até dezembro de 2022.

O saldo migratório é a diferença entre número de pessoas que imigraram para o Reino Unido (1,2 milhões de pessoas) menos o número de pessoas que deixam o país (532 mil) em 2023.

"Embora seja demasiado cedo para dizer se se trata do início de uma nova tendência descendente, a emigração aumentou em 2023, enquanto os novos dados do Ministério do Interior mostram que os pedidos de visto diminuíram nos últimos meses", refere o ONS.

O Governo britânico reivindicou que esta descida é um resultado das alterações recentes às regras de imigração, nomeadamente a limitação à entrada de familiares de estudantes internacionais e um aumento do do limiar salarial para um visto de "trabalhador qualificado".

Na quarta-feira, o Ministério do Interior publicou as suas estatísticas mais recentes sobre o número de vistos, que revelam um declínio de 79% no número de dependentes de estudantes e uma queda de 58% no número de familiares de trabalhadores do setor da saúde e da assistência social.

Segundo o ONS, quase metade das pessoas que imigraram para trabalhar neste setor são provenientes da Índia ou da Nigéria.

China, Paquistão e Zimbabué são outros dos principais países de onde os migrantes são originários.

Desde 2021, quando acabou a livre circulação de cidadãos da União Europeia decorrente da saída do Reino Unido do bloco, a imigração extracomunitária ultrapassou a imigração de cidadãos europeus, atualmente reduzida a 10%.

No ano passado imigraram para o Reino Unido 4.414 portugueses, de acordo com as estatísticas na Segurança Social britânica publicadas pelo Ministério do Trabalho.

No primeiro trimestre deste ano, o valor ficou-se pelos 754, menos de metade dos 1.567 do mesmo trimestre de 2022.

BM // APN

Lusa/fim