
"Presumo que em Haia concordaremos com uma meta mais elevada de gastos em defesa de 5% no geral", disse Rutte, durante um evento da Assembleia Parlamentar da NATO em Dayton, nos Estados Unidos.
"Os líderes tomarão decisões na cimeira do próximo mês para tornar a NATO numa aliança mais forte, mais justa e mais letal", prometeu o secretário-geral.
A proposta que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou à organização inclui um gasto de 3,5% do produto interno bruto (PIB) de cada país num orçamento de defesa "rígido", mais 1,5% para despesas relacionadas com a defesa, como infraestruturas para facilitar a mobilidade do pessoal militar.
"Vivemos num mundo mais perigoso e estamos num momento crítico para a nossa segurança, com várias ameaças. Há a guerra brutal da Rússia contra a Ucrânia, a ameaça do terrorismo, a intensa competição global e conflitos em todo o mundo, do Médio Oriente à Ásia. A Rússia aliou-se à China, Coreia do Norte e Irão, e estão a reforçar os seus exércitos. Estão a preparar-se para um confronto a longo prazo", avisou Rutte.
O secretário-geral da NATO defendeu que "a paz falha quando a complacência prevalece, quando as ameaças não são respondidas e quando os preparativos são adiados".
"Precisamos de agir agora e reforçar as nossas defesas. Qualquer atraso é perigoso. Para reforçar a NATO, precisamos de aumentar as despesas com a defesa (...). Para preservar a paz, precisamos de nos preparar para a guerra", argumentou Rutte.
Apenas 23 dos 32 países-membros atingiram a meta de 2014 de gastar 2% do PIB em defesa, de acordo com o relatório anual da NATO publicado em abril, mas espera-se que todos o façam até ao verão. Portugal está entre os Estados-membros que nunca atingiram esse objetivo.
Na Assembleia Parlamentar da NATO, em Dayton, o chefe da diplomacia da Ucrânia, Andriy Sibiga, defendeu que a presença do Presidente Volodymyr Zelensky na cimeira anual da Aliança em Haia, no final de junho, é "extraordinariamente importante".
"A Ucrânia considera extremamente importante estar representada na cimeira da NATO em Haia e contribuir para o seu sucesso, tanto através da presença pessoal ao mais alto nível como através de decisões decisivas" que ali possam ser tomadas, disse Sibiga.
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